8 de março: mulheres revolucionárias dos anos 30 aos anos 50

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Neste 8 de março, Dia das Mulheres, reunimos as histórias de mulheres que deixaram sua marca por onde passaram entre os anos de 1930 e 1950. Apesar de viverem em locais diferentes, elas mostraram que a força feminina é capaz de vencer qualquer adversidade e que a criatividade e a garra das mulheres podem te fazer sonhar alto.

Confira as heroínas que devem ser homenageadas neste 8 de março

Amelia Earhart

Começamos a nossa lista de mulheres notórias com Amelia Earhart, nascida em 24 de julho de 1897, na cidade de Atchison, no estado do Kansas (EUA). Amelia sempre se interessou em cuidados com o próximo e era conhecida pela empatia, então abandonou a faculdade durante a primeira Guerra Mundial para trabalhar como auxiliar de enfermagem em um hospital militar.

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Foi ao lado dos soldados que conheceu os aviões. Em 1920, ela realizou a sua primeira viagem a bordo e confirmou o que o seu coração já demonstrava há tempos: essa seria sua vocação. No ano seguinte, comprou um biplano nomeado de “canário” e, ao lado dele, estabeleceu o recorde feminino de altitude em voo ao atingir mais de 4 mil metros.

Como sua vontade crescia cada vez mais, ela não parou por aí: em 1932, ela sobrevoou o Atlântico sozinha como pilota, se tornando um grande ícone feminino de conquista e vitória, e sucesso na mídia. O próximo sonho ambicioso ainda estava por vir: cruzar o mundo pilotando um avião.

Em 1º de junho de 1937, Amelia deixa Miami ao lado do navegador de confiança, Fred Noonan. Infelizmente, no final do trajeto de volta para casa, o avião ficou sem combustível e caiu no meio do Oceano. Apesar dos esforços da equipe de busca, os corpos de ambos nunca foram encontrados.

Sofia Ionescu-Ogrezeanu

Sofia Ionescu-Ogrezeanu nasceu em Fălticeni, na Romênia, em 25 de abril de 1920 e, com muita dedicação e trabalho, tornou-se a primeira mulher neurocirurgiã do mundo. Sua motivação para prestar o vestibular em medicina foi a perda de um colega por infecção adquirida em uma cirurgia cerebral quando ela tinha apenas 16 anos.

Em 1939, Sofia ingressa na faculdade de medicina em Bucareste e, ainda no primeiro ano de residência, cursa oftalmologia. No mesmo ano, a cidade em que atua foi bombardeada e a falta de cirurgiões no local faz com que a médica tenha a oportunidade de realizar uma cirurgia cerebral de emergência em um garoto ferido.

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Mostrando destreza e entendimento sobre cada passo da cirurgia, Sofia se torna cirurgiã do Hospital Nr.9, onde atuou por 47 anos. Ao lado de seu marido, o Dr. Ionel Ionescu, e mais outros dois cirurgiões, ela formou a primeira equipe de cirurgiões da Romênia conhecida como “equipe de ouro” devido ao sucesso de suas operações.

Frida Kahlo

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, ou somente Frida Kahlo, nasceu na vila de Coyoacán, no México, no dia 6 de julho de 1907. Filha de pai alemão e mãe espanhola, a artista sofria desde cedo com uma imunidade debilitada e diversos problemas de saúde adquiridos durante a vida.

Após um grave acidente de ônibus, quando tinha 18 anos, Frida é hospitalizada e passa os dias na cama de um hospital. Ao observar a sua imagem atentamente no espelho, ela pinta sua primeira obra “Autorretrato em um Vestido de Veludo”, mesmo deitada na cama e dedica a pintura ao seu ex-noivo Alejandro Gómez Arias.

Aos 22 anos, em 1929, Frida diz “sim” ao casamento com Diego Rivera, importante pintor do “Muralismo Mexicano” e vão morar na “Casa Azul”, local onde Frida nasceu. Durante toda a vida, ela se dedica a pinturas de autorretratos, com o uso de muitas cores e imagens interpretativas.

Após traições do marido, em 1939 Frida se separa de Diego e, no mesmo ano, protagoniza exposições em Nova Iorque e em Paris. Com diversos problemas de saúde, mas ainda utilizando a arte para se expressar, Frida tem uma perna amputada em 1953. Com diversos problemas ocasionados pela depressão, ela fica reclusa e vem a falecer no ano seguinte.

Frida Kahlo lecionou na recém fundada escola de artes na Escola Nacional de Pintura e Escultura e foi um ícone do feminismo e na defensoria dos direitos das mulheres.

Enedina Alves Marques

A brasileira curitibana Enedina Alves Marques nasceu no dia 13 de janeiro de 1931. Filha de doméstica, ela foi criada dentro da casa do delegado e major Domingos Nascimento Sobrinho, que tinha uma filha da mesma idade que ela. Para incentivar a amizade das meninas, ele matriculou Enedina na Escola Particular da Professora Luiza Dorfmund, onde foi alfabetizada. Entre 1932 e 1935, ela leciona como professora.

Decidida a seguir a carreira de engenheira, torna-se a primeira mulher formada em Engenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Paraná, graduando-se em Engenharia Civil no ano de 1945. Mas foi em 1946 que, através do seu brilhantismo e inteligência, Enedina torna-se a auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas.

A pioneira da engenharia trabalhou no Plano Hidrelétrico do Paraná e atuou no aproveitamento das águas dos rios Capivari, seu maior feito como engenheira.

Maria Esther Bueno

Apaixonada pelo tênis desde os seis anos de idade, Maria Esther Bueno nasceu no dia 11 de outubro de 1936 em São Paulo. Conhecida como a rainha do tênis, a esportista fez sucesso nas quadras no início da década de 50, onde começou a carreira. Em 1960, Esther entrou para a história como a primeira mulher a ganhar o Grand Slam de tênis, deixando seu nome marcado no Livro dos Recordes com uma vitória em 19 minutos de partida contra a americana Carole Cadlwell Graebner.

Como profissional, Maria Esther conquistou 71 títulos de simples na carreira, foi tetra campeã do US Open, Bicampeã de Wimbledon e chegou a final do Australian Open e Roland Garros. Conhecida como o maior nome do tênis brasileiro, ela foi eleita a melhor tenista do século 20 da América Latina.

Após vários anos nas quadras, a esportista deixou o esporte seu legado aos 38 anos em 1977, quando chegou a final em Dublin. Em 2017, ela foi diagnosticada com câncer, que se espalhou pelo corpo e a levou a óbito no ano seguinte.

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