Apesar de muitos profissionais ficarem no modelo de carreira vertical, onde evoluem hierarquicamente dentro da sua área, existem muitas formas de fazer um plano de carreira, inclusive por meio do crescimento horizontal.
Enquanto na versão vertical o colaborador vai subindo de nível de acordo com o cargo alcançado, na versão horizontal a proposta é diferente. Ele também vai evoluir profissionalmente, mas não necessariamente mudará de cargo. Isso acontece em empresas menores, públicas ou que não possuem um organograma com muitos cargos.
Esse formato é indicado para profissionais generalistas, que somam habilidades em diversas áreas do conhecimento. Assim, eles se tornam capazes de lidar com diferentes situações, acumulam competências e desenvolvem uma mente empreendedora.
Neste texto, vamos entender melhor como funciona esse processo, quem são os profissionais adequados e quais as vantagens.
O que é uma carreira horizontal?
Ao contrário da carreira vertical, onde o desenvolvimento dos profissionais segue um padrão tradicional, galgando cargos acima, no modelo horizontal subir de cargo não é uma possibilidade.
Pode parecer desinteressante para quem quer crescer na carreira, mas nem toda empresa consegue se estruturar de forma a incluir inúmeros cargos. Especialmente em equipes enxutas, muitas vezes a única oportunidade de subir de nível é quando um superior se aposenta ou sai por conta própria, o que pode não acontecer.
Além disso, há casos onde o profissional está satisfeito com seu cargo, ou não se sente preparado para uma nova posição, especialmente se for de liderança.
Mas ainda assim há oportunidades, seja se reposicionando internamente para outro setor, ou ainda outros tipos de reconhecimento, como remuneração ou benefícios, que confirmem seu bom desempenho.
Como promover uma carreira horizontal?
Já que o profissional não mudará de cargo, a principal maneira de definir seu crescimento neste modelo é por meio de uma avaliação de desempenho. Aplicando as métricas adequadas, a empresa será capaz de analisar sua performance e recompensá-lo apropriadamente.
Há muitos modelos de avaliação e antes de definir um é importante saber quais os indicadores que se quer avaliar. Os líderes também precisam estar preparados para dar (e receber) feedbacks, além de estimular esses profissionais na busca pelo crescimento horizontal.
Outra forma de implementar o formato é com o job rotation. Com essa opção, os colaboradores caminham por diversas áreas. Isso permite ampliar seu conhecimento sobre a empresa e entender em qual perfil de trabalho se encaixam melhor e terão mais sucesso.
O ideal é que colaborador e empresa trabalhem no desenvolvimento de um plano de carreira. Assim, ficará mais fácil visualizar as possibilidades e oferecer um crescimento adequado.
Vantagens do crescimento horizontal
Desenvolver uma estratégia de crescimento, independente do formato, é uma maneira de se aproximar do colaborador e indicar que investe nele. Para as empresas, oferece diversas vantagens, como:
Aumenta a motivação
As possíveis oportunidades vão aumentar o desempenho dos colaboradores, que se sentirão mais motivados a alcançar seus objetivos na carreira e obter o crescimento almejado.
Novos talentos
Incentivando seu desenvolvimento, a empresa pode descobrir novos talentos, ainda mais se o propósito for a mudança de área. Assim, eles têm mais chance de encontrar o profissional adequado para cada setor.
Facilidade no recrutamento
Começar um processo seletivo externo pode ser longo e custoso, e se atentar às possibilidades internamente evita esse desgaste. Além disso, os profissionais podem, ao longo dos anos, dominar em detalhes seu cargo, adquirindo um conhecimento profundo da área que um novo colaborador levará mais tempo para conseguir.
Como criar um plano de carreira?
O primeiro passo para montar um plano de carreira é o profissional saber onde quer chegar. No caso do crescimento horizontal, ele já sabe quais são as possibilidades e, caso busque avançar hierarquicamente, não se adaptará a este modelo.
Mas, caso busque outras possibilidades, com foco em remuneração, ou adquirir novos conhecimentos em outras áreas, ele pode usar esses objetivos como base. Sabendo como pretende se desenvolver, confira dicas para fazer um plano de carreira:
1- Faça projeções financeiras
De acordo com as possibilidades oferecidas pela organização, onde você imagina estar em cinco anos, financeiramente? Ao colocar isso no papel, é possível traçar uma estratégia que permita chegar lá.
Mesmo que o propósito seja pessoal, em busca de realizar sonhos como comprar uma casa, fazer uma viagem internacional ou iniciar uma família, entender o que busca financeiramente será um guia para o planejamento.
2- Desdobre as etapas
Se você já conseguiu visualizar o que espera em cinco anos, ótimo. Agora, desdobre esse objetivo em metas menores, que podem ser anuais, por exemplo. Com isso, é possível entender o que deve ser feito primeiro. Será que se souber inglês conseguirá atender os clientes internacionais, que geram uma comissão de vendas maior? Então, o primeiro passo será estudar uma nova língua.
3- Busque novos conhecimentos
Só porque um profissional é generalista, não significa que ele não possa adquirir novos conhecimentos ou se aprofundar em temas que podem ajudá-lo profissionalmente. Aqui, a principal característica de valor é a versatilidade, e buscar novos estudos ajuda a ampliar o repertório e torna o profissional ainda mais imprescindível em qualquer área que seja.
E com o Estuda Friday fica ainda mais fácil buscar especializações que ajudarão a estruturar esse crescimento horizontal, com foco nos objetivos a curto e longo prazo. São diversas oportunidades com preço acessível e aulas EAD.
