Existem muitos tipos de liderança e, quando se fala em boas práticas de um gestor, um tema que sempre surge é a autonomia das equipes. Mas e quando se tratam de equipes autogeridas?
Essa prática não é tão comum nas empresas, mas tem ganhado espaço pelas possibilidades de produtividade e inovação que oferece para as equipes.
O que são equipes autogeridas?
Como o nome já diz, profissionais autogeridos têm grande autonomia para decidir sobre sua rotina de trabalho, prazos, entregas e metas. Quando uma equipe atua nesse formato, não há uma figura centralizadora que delega e supervisiona. Ou seja, cada um atua da forma que acredita ser mais adequada.
O que diferencia esses profissionais de uma atuação autônoma é que eles, de fato, trabalham em equipe. Mesmo sem um líder indicando o caminho, devem colaborar uns com os outros para alcançar os objetivos da organização.
Para atuar neste modelo, os profissionais precisam de características específicas, que incluem habilidades técnicas e comportamentais. No aspecto técnico, eles necessitam de alto domínio de sua área de atuação, justamente por ter a autonomia necessária para tomar decisões e resolver questões.
Isso significa que adquirir conhecimentos específicos e se tornar um especialista é uma qualidade que permite que os profissionais prosperem ao atuar com autogerenciamento.
Fazer um curso, como a pós-graduação Unopar, prepara o profissional para esse ambiente e oferece vantagens competitivas no mercado de trabalho. Veja também algumas skills comportamentais essenciais para atuar em equipes autogeridas:
Proatividade
Sem um líder ou um gestor direto para apontar o caminho, cabe a esse profissional se adiantar e realizar as tarefas por conta própria. A proatividade é uma característica importante em qualquer ramo de atuação, mas é essencial para quem lida com autogerenciamento.
Mesmo tendo certo direcionamento, não há um profissional disponível para lidar com imprevistos do dia a dia. Portanto, aliado ao seu conhecimento técnico, é por meio da proatividade que ele será capaz de contornar problemas, prever possíveis cenários e tomar decisões.
Solução de problemas
Isso significa que ser capaz de solucionar problemas também é outra característica fundamental para esse modelo de trabalho. A figura de um líder é a que se recorre quando há um problema, mas neste caso, cada um deve ser capaz de resolver as situações que se apresentarem.
Claro, tratando-se de uma equipe, é possível contar com o apoio ou sugestão dos colegas, mas é imprescindível ser capaz de encontrar soluções de forma rápida e contornar o problema.
Autocontrole
Procrastinar e lidar com questões pessoais são coisas normais que acontecem com as pessoas durante o horário de trabalho. Mas, quando a equipe é autogerida, é preciso ter mais autocontrole, pois não há ninguém para controlar e definir os prazos e metas.
Portanto, esse profissional deve ser capaz de manter um cronograma organizado, saber usar ferramentas de gestão e estar alinhado com os colegas.
Boa comunicação
Uma boa comunicação é a base de qualquer trabalho em equipe e aqui a dinâmica é ainda mais presente, justamente porque os colaboradores contam uns com os outros para garantir que as tarefas serão executadas.
É importante saber falar de forma positiva quando há algum problema, usar a empatia para lidar com os colegas e criar um clima organizacional que fortaleça a colaboração.
Vantagens e desvantagens de uma equipe autogerida
Esse modelo oferece benefícios, mas aplicá-lo também pode ser um desafio, e depende da maturidade do time e do tipo de gestão da empresa. Confira as vantagens e desvantagens deste tipo de equipe:
Vantagem: produtividade
Como falamos, existe um perfil profissional adequado para atuar neste formato, geralmente essas pessoas prosperam quando não são microgerenciadas. Assim, elas veem sua liberdade de atuação como uma forma de explorar seu potencial e se tornam mais produtivas.
Desvantagem: conflitos
Quando o time não está alinhado ou não tem boa comunicação, pode haver ruídos e não há ninguém para mediar as questões. Questões como ego e as habilidades individuais também podem atrapalhar a dinâmica.
Por isso, se a empresa deseja que esse modelo funcione, deve investir no recrutamento adequado e também em treinamento para garantir que os colaboradores saibam lidar com questões interpessoais.
Vantagem: menos preocupação
Quando a equipe é capaz de tomar decisões e chegar aos resultados sozinha, gestores e líderes da empresa são capazes de focar em atividades mais estratégicas, e não precisam se envolver no dia a dia.
Isso exige uma relação de confiança que, se for alcançada, ainda faz com que a equipe se sinta valorizada e aumente seu senso de pertencimento na empresa.
Desvantagem: má execução
Isso não é necessariamente uma desvantagem do autogerenciamento, e sim uma característica que deve ser observada na hora de construir esse time. Isso porque alguns profissionais não têm o treinamento e a experiência necessária para atuar neste formato, o que pode ocasionar no efeito oposto à produtividade: um trabalho mal executado ou incorreto.
Por isso o conhecimento técnico é tão importante, pois garante aos profissionais a confiança para atuar em equipes autogerenciadas cientes de que são capazes de lidar com a autonomia oferecida.