O Guinness Book é conhecido por registrar inúmeros recordes. Dos mais comuns e famosos aos mais inusitados, você pode encontrar de tudo no livro, que impulsiona milhares de pessoas a ultrapassarem os limites já consolidados. Inclusive, você sabia que um deles é o recorde sem dormir?
Por mais que uma boa noite de sono seja muito desejada e buscada pela população em geral, diversas pessoas já buscaram o contrário. Justamente para bater o recorde de tempo sem dormir. Inclusive, há uma história bastante interessante sobre essa “corrida contra o sono”. Ela aconteceu em 1964, quando um jovem dos Estados Unidos decidiu que seria o novo responsável por entrar no livro dos recordes.
Quer saber mais sobre essa história e entender por que não devemos seguir o exemplo deste jovem? Então continue lendo o artigo e descubra tudo.
Recorde sem dormir: conheça a história do jovem que entrou no Guinness Book
Conforme publicado pelo UOL, Randy Gardner era um jovem estudante de 17 anos quando teve uma ideia um tanto quanto inusitada. Ele queria bater o recorde de mais tempo sem dormir, provando que seria possível quebrar a marca de 260 horas, o tempo mais longo que alguém já tinha provado ficar acordado.
Tudo começou como um experimento científico. Gardner e seu colega Bruce McAllister estavam se preparando para uma atividade escolar, quando a ideia de quebrar o recorde surgiu. O plano era um dos dois permanecer o máximo de tempo acordado sem ir à loucura, mas o resultado não foi exatamente esse.
Acompanhado de um pesquisador, o estudante passou 11 dias e 25 minutos sem dormir. O equivalente a 264 horas com os olhos abertos. Para isso, ele usou diversos recursos, como tomar Coca-Cola, ir a fliperamas, acompanhar jogos noturnos de basquete, ouvir músicas em volumes elevados e recorrer ao bom e velho banho gelado.
Consequências da privação de sono de Randy Gardner
Todavia, apesar de ter entrado para o livro dos recordes, Gardner passou por situações extremas durante o experimento. Ao buscar o recorde de dias sem dormir, ele teve alterações de habilidades analíticas, como memória, motivação, controle motor e percepção.
Além disso, ele passou por momentos mais críticos, como delírios, alucinações e problemas de atenção. Tudo registrado pelo pesquisador e também por computadores, que em determinado momento, detectaram que partes cerebrais do jovem teriam sido “sequestradas”. Ou seja, para driblar a privação de sono, partes do órgão descansavam enquanto ele permanecia acordado.
Em uma entrevista em 2017, o recordista explicou que “foi quase como um Alzheimer precoce provocado pela falta de sono”, deixando claro que não é uma boa ideia tentar replicar o seu experimento. Inclusive, depois de inúmeras outras tentativas, que chegaram à marca de 18 dias e 21 horas sem dormir, o Guinness Book parou de registrar esse recorde em 1997, por questões de segurança.
Qual é a importância de dormir bem?
Sendo assim, já deve estar claro para você que tentar bater o recorde de mais tempo sem dormir não é uma boa ideia, certo? Nem para entrar no Guinness, nem para tentar resolver todas as suas pendências do dia a dia.
Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, dormir é parte crucial para o funcionamento do nosso organismo. Afinal de contas, o sono é responsável por garantir o equilíbrio entre as funções metabólicas, emocionais e psíquicas, além de garantir a sua disposição no dia seguinte, impactando o humor, o estresse e os níveis de irritação.
Assim, como ressalta a Pfizer Brasil, ter um sono saudável te ajuda a manter uma vida saudável. Impactando na concentração, na manutenção de um peso saudável, no humor, sociabilidade, estresse e muitos outros fatores. Sabia que dormir bem diminui o risco de doenças cardiovasculares e também de diabetes?
Quais os riscos de não dormir?
Caso contrário, você pode colocar os sistemas que regulam as suas funções corporais em risco, ajudando a potencialmente desencadear diversos problemas de saúde.
Para você ter uma ideia, ainda de acordo com o UOL, passar 18 horas acordado gera efeitos semelhantes ao de uma embriaguez, fazendo com que a direção seja um risco. Você pode ficar com os reflexos motores alternados, bem como seu tempo de reação e julgamento.
Outros problemas gerados pela privação de sono incluem, de acordo com a Pfizer Brasil, hipertensão, doenças cardiovasculares no geral, obesidade, diabetes, problemas imunológicos, que podem levar a resfriados constantes, por exemplo, e transtornos mentais.
Além disso, não dormir o suficiente vai impactar o seu cotidiano. Mais estressado, cansado e com as funções biológicas alteradas, você vai perceber mudanças negativas na hora de trabalhar, ter momentos de lazer, viajar, estudar, passar tempo com a família e amigos e fazer atividades físicas.
No fim das contas, não há benefícios em deixar de dormir, apenas um cenário perigoso que pode trazer consequências inconvenientes no curto prazo, e bastante preocupantes no médio e longo prazo.
Então, para passar longe do recorde sem dormir e ter uma vida mais equilibrada e saudável, vale a pena começar a entender como mudar seus hábitos e otimizar seu tempo. Para isso, invista em habilidades socioemocionais e foque na sua saúde e bem-estar. Como consequência, você terá impactos positivos em todas as outras esferas da sua vida, inclusive na profissional.
