Emprego tóxico? Saiba reconhecer com estes 5 sinais

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Você sabe reconhecer um emprego tóxico? O ambiente de trabalho pode ser desafiador e incluir pressões para resultados, mas o que torna, de fato, um local tão negativo a ponto de gerar problemas de saúde mental e dificultar o entrosamento e a relação e trabalho saudável?

Segundo uma pesquisa internacional feita pela empresa de recrutamento Career Wallet, um em cada cinco profissionais acredita estar trabalhando em um ambiente tóxico. Esse cenário tem impacto negativo tanto para a empresa, que perde em produtividade, quanto para as pessoas, que acabam enfrentando problemas de saúde mental. 

O que é um ambiente de trabalho tóxico?

Esse ambiente é definido por características que afetam negativamente os colaboradores. Isso pode acontecer de diversas formas, como na figura de um gestor sem as capacitações necessárias para ocupar sua posição, a falta de benefícios adequados, dificuldades entre colegas e outros motivos.

Ou seja, pode incluir comportamentos, ações, procedimentos e regras que geram um ambiente onde as pessoas se sentem oprimidas e incapazes, de alguma forma, de exercerem seu potencial. 

Uma outra pesquisa recente, que apontou que 72% dos brasileiros não estão engajados com seu trabalho indica questões culturais da empresa como problema. Ou seja, um ambiente negativo, onde há falta de reconhecimento, alta cobrança ou ainda desrespeito profissional, faz com que os colaboradores percam a motivação e parem de se dedicar às suas funções, ou ainda enfrentem questões mais graves, como burnout. 

5 sinais de um emprego tóxico

Existem alguns sinais que ajudam nessa avaliação e que podem indicar para os colaboradores se estão, de fato, em um emprego tóxico. Confira:

1 – Líder inadequado

Apesar de muito se falar sobre liderança no meio corporativo, ainda é muito mais comum encontrar perfis que se enquadram na figura do chefe. Em geral, essa pessoa não tem as habilidades comportamentais necessárias para ocupar sua posição, e acaba criando um ambiente negativo. 

Ele impõe a forma de trabalhar, oferece pouca ou nenhuma abertura para que a equipe se expresse e proponha novas ideias, e mantém uma supervisão constante, microgerenciando as atividades de todos. 

Com isso, as pessoas sentem que não podem se expressar e, aos poucos, tendem a parar de se dedicar, sem pensar em inovação, fazendo apenas o que são obrigados. 

2 – Alto turnover

Quando um ambiente é muito tóxico, logo os colaboradores começam a buscar novas oportunidades. Com isso, a rotatividade das equipes é grande, e sempre há alguém novo para treinar, ou que ainda não possui a agilidade e conhecimento necessários para realizar determinadas tarefas. 

Além de atrasar prazos e diminuir o ritmo da equipe, isso impede que as pessoas se desenvolvam, já que projetos ficam parados, os times ficam desfalcados e quem permanece precisa trabalhar “apagando incêndios” para suprir essa falta.  

3 – Ausências e afastamentos

Outro sinal clássico de que o ambiente é tóxico é o aumento das ausências e até afastamentos. Quando o estresse se torna excessivo, isso pode ter repercussões físicas e as pessoas adoecem com mais facilidade. 

Mas não só isso, com a saúde mental comprometida, não conseguem manter o ritmo de trabalho, faltam e, em casos mais extremos, precisam ser afastados. 

4 – Desentendimentos constantes

Não são só os gestores que podem dificultar a vida no trabalho. Em alguns casos, a relação entre colegas também é difícil e pode resultar em discussões e conflitos constantes. Com isso, essas pessoas não conseguirão trabalhar juntas, o que pode gerar ruído em toda a equipe. 

Seja por excesso de competitividade, seja por má conduta de um colaborador, essa questão impede que o trabalho em equipe flua e também pode impactar na saúde mental e no absenteísmo. 

5 – Problemas de comunicação

A falta de uma comunicação eficiente também pode gerar ruídos entre colegas, e ainda retrabalhos ou a não execução de tarefas. Quando não é possível ter uma conversa aberta sobre um tema, as pessoas não conseguem se alinhar e chegar em decisões comuns. 

Isso também tem impacto no trabalho em equipe e enfraquece o relacionamento interpessoal. 

Como mudar esse cenário? 

Nem sempre a empresa está pronta para admitir que precisa melhorar seu clima organizacional, mas ignorar essas questões, como vimos, trará impactos negativos. Os colaboradores não serão engajados o suficiente para trabalhar na solução de problemas, ou se dedicarão a buscar melhoria de processos. 

Entre colegas, é importante desenvolver uma comunicação mais eficiente e praticar a empatia e escuta ativa. Quando todos enfrentam as mesmas pressões, juntos eles podem aliviar esse peso e se ajudar para concluir as tarefas. 

Já com chefes, o trabalho pode ser mais difícil, mas é necessário buscar uma saída. Se prepare antes, leve bons argumentos e proponha soluções, mas ainda assim fale sobre o que está atrapalhando a equipe. 

Já as empresas precisam encontrar formas de manter as pessoas motivadas e isso também começa com a escuta. Saber reconhecer o bom trabalho e treinar as lideranças para que estejam preparados para lidar com diferentes perfis também tem potencial para melhorar o ambiente. 

Saiba como reconhecê-los e ofereça um plano de carreira que os estimule a continuar se dedicando e se desenvolvendo profissionalmente, com a realização de uma pós-graduação, por exemplo. 

Com isso, evita-se o emprego tóxico para apostar em um ambiente de crescimento e colaboração, que proporcionará o bem-estar dos funcionários e resultados melhores para a empresa. 

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