Saber como trabalhar a inteligência emocional é importante em todos os aspectos da vida, seja no pessoal ou profissional. Ser capaz de administrar os sentimentos e ser racional ajuda a tomar decisões e planejar, e permite relações mais saudáveis.
No trabalho, essa característica ajuda os profissionais a lidar com imprevistos e, em cargos de liderança, transmite uma sensação de controle que, mesmo quando as coisas não saem como o esperado, há como resolver com eficiência.
Mas, de forma geral, essa capacidade também permite que as pessoas vivam melhor, evitando problemas relacionados à saúde mental, como ansiedade, e sejam capazes de focar na situação que estão enfrentando com mais clareza.
O que é inteligência emocional?
Ao longo da vida, as pessoas passam por diversas situações desafiadoras, seja conflitos em relacionamentos, problemas financeiros ou de saúde, que podem levá-las a intensificar certos sentimentos, como medo, tristeza, preocupação. Até mesmo sensações positivas como paixão e euforia tendem a afetar a forma como as pessoas agem.
O conflito emoção x razão não é novo e a inteligência emocional entra exatamente nesse processo: como compreender as emoções e calibrá-las para agir racionalmente.
O medo pode estar ali, assim como a paixão, a tristeza ou euforia, mas a capacidade de avaliar esses sentimentos e compreender sua intensidade é o que permite que uma pessoa seja emocionalmente inteligente.
Ou seja, trata-se de um equilíbrio emocional, que permite que as pessoas sejam racionais, mesmo experienciando sentimentos intensos. No trabalho, essa é uma característica que, além de contribuir para uma rotina menos estressante, pode fazer com que o profissional se destaque.
Sabe aquele colega de trabalho para quem você pede ajuda em um momento complicado e ele parece ter tudo sob controle? Provavelmente essa pessoa sabe administrar suas emoções mais adequadamente e faz perguntas e reflexões que, quando a emoção toma conta, algumas pessoas não param para fazer.
Desenvolver inteligência emocional, porém, não significa ignorar as emoções, pelo contrário, sentimentos como a ansiedade, por exemplo, podem ser úteis, pois indicam que algo deve preocupar a pessoa. Claro que em doses adequadas, quando existe sinal de “perigo”.
No entanto, dificilmente um profissional enfrenta um “perigo” no trabalho, e sim situações desafiadoras. Por isso, o primeiro passo para desenvolver inteligência emocional é o autoconhecimento.
Ao ser capaz de analisar os próprios sentimentos fica mais fácil medí-los e ajustá-los à realidade. Digamos que um profissional, ao entregar um relatório, percebe que informou um dado errado. Antes de cair em uma espiral de medo, pensando logo que será demitido, ele precisa avaliar questões como a discrepância dos dados, quem foi informado sobre o relatório e, mais importante, qual a informação correta para fazer a mudança.

Como trabalhar a inteligência emocional
Essas reflexões são mais fáceis de fazer quando as pessoas desenvolvem algumas práticas em seu dia a dia. O autoconhecimento permite que o indivíduo observe os próprios comportamentos e, com as dicas a seguir, possa buscar ativamente o desenvolvimento da inteligência emocional. Veja como:
Proatividade
Está tudo bem preocupar-se quando percebe que algo saiu errado, a diferença está no passo seguinte. Algumas pessoas acabam remoendo esse sentimento e não buscam soluções.
Ao ser proativo, o profissional identifica o problema e imediatamente consegue avaliar possibilidades para remediar isso. A criatividade pode contribuir com esse processo, pois permite usar meios pouco usuais e transformar algo difícil em uma nova oportunidade.
Conhecimento
Quanto mais informado o profissional for em relação ao seu mercado de atuação, mais capaz será de tomar boas decisões. Ser curioso e ler sobre inovações e tendências, bem como buscar referências no segmento, permite que ele tenha mais ferramentas para agir em situações adversas.
O mesmo acontece ao seguir em busca de novos conhecimentos, fazendo cursos livres ou especializações, como uma pós-graduação. A soma desses estudos permitirá que o profissional conheça diferentes métodos e tenha confiança para resolver qualquer questão desafiadora que se apresente.
Empatia
Muitas vezes o comportamento de um profissional no ambiente de trabalho se reflete nos colegas. Isso significa que, se alguém é rude conosco, existe a possibilidade que passaremos essa grosseria adiante.
O oposto desse comportamento envolve empatia e a capacidade de ouvir e tentar se colocar no lugar do outro. Assim, ao enfrentar uma dificuldade ou cometer um erro, é possível contar também com a empatia do próximo para compreender porque o engano aconteceu e como consertá-lo.

Boa comunicação
A inteligência emocional também influencia a maneira como as pessoas constroem relações. No ambiente de trabalho, ao contrário da vida pessoal, os profissionais são obrigados a conviver com outros com quem podem não ter afinidade.
Isso não pode impedir que eles trabalhem juntos e alcancem as metas estabelecidas pela empresa, portanto é preciso manter uma boa comunicação para evitar atritos e ter um bom clima organizacional.
Aprofunde-se no aprendizado de habilidades socioemocionais e saiba como trabalhar a inteligência emocional e desenvolver habilidades que melhorem a vida pessoal e permitam o avanço da carreira.