O que é Engenharia de Tráfego e qual a importância dessa área?

conceito de carros autônomos para ilustrar texto sobre Engenharia de Tráfego

A área de Engenharia de Tráfego engloba todos os aspectos que envolvem a mobilidade urbana e, para isso, é importante ter profissionais qualificados atuando no setor. É necessário, que haja, cada vez mais, em todas as cidades, planejamentos para garantir o deslocamento de pedestres e a ida e vinda de carros, ônibus e bicicletas de forma segura.

No geral, essa é uma área que traz todo um estudo técnico que identifica as diferentes  necessidades que uma via necessita. O objetivo maior é que o tráfego de veículos, juntamente com pedestres, aconteça de forma segura, acessível e otimizada, evitando ruas congestionadas e, com isso, mais motoristas e passageiros presos no trânsito por mais tempo.

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Segundo Mariana Mello, coordenadora acadêmica do curso de pós-graduação em Engenharia de Tráfego, criar um projeto envolve ter  uma visão macro. “Tem que levar em conta o todo, como população, acessibilidade, sustentabilidade e questões ambientais. A Engenharia de Tráfego é para otimizar uma proposta dentro de uma cidade”, destaca.

Essa especialidade também atua para entender, através de dados, o impacto que um empreendimento pode causar em determinada região. É necessário, portanto, pensar no tráfego local e em outras questões importantes. “Existe todo um trabalho de inteligência de dados”, reforça Mariana. Essa etapa é essencial para avaliar se determinada obra trará algum impacto negativo à região. 

Ao longo do tempo, muitas mudanças aconteceram em relação à gestão de tráfego no Brasil. Uma das principais aconteceu no final da década de 1950, com a presidência de Juscelino Kubitscheck, as rodovias ganharam mais força. Mas foi em 1928 que a primeira rodovia brasileira asfaltada surgiu, a Rio-Petrópolis, no governo de Washington Luis. 

Com o passar dos anos, o Brasil evoluiu muito em questão de mobilidade, mas ainda há desafios a serem enfrentados. “O futuro tem a ver com sustentabilidade. É preciso ter um viés ambiental e consciente da sociedade. Um projeto de Engenharia de Tráfego tem que ter a responsabilidade de trazer o melhor cenário possível considerando aspectos sociais e ambientais”, afirma Mariana. 

Como trabalhar na área de Engenharia de Tráfego?

É importante que quem tenha interesse em atuar na área invista em conhecimento e, para isso, uma pós-graduação em Engenharia de Tráfego é o caminho. No curso, o profissional tem contato com disciplinas que ensinam sobre sistema de transportes, gerenciamento de projetos e qualidade, segurança viária, inteligência de negócios e muito mais. 

A grade curricular, inclusive, conta com políticas públicas de mobilidade urbana. “Quanto mais conhecimento você tem, maior é o poder de argumentação. Em Engenharia de Tráfego, é preciso alinhar diversos fatores ao mesmo tempo – e um deles é o de políticas públicas. Precisa conhecê-las para usá-las ao seu favor nos projetos”, diz Mariana. 

Acessibilidade e sustentabilidade também são assuntos debatidos nessa especialização. “A sociedade valoriza esses dois aspectos. Já passou da fase de reconhecer a importância e, agora, precisa trazer essa realidade para os projetos”, completa .Com todos esses conhecimentos, é possível trazer melhores condições operacionais do sistema viário.   

Tendências na área de Engenharia de Tráfego

São diversos os estudos nessa área. O que tem se falado muito, atualmente, é sobre os carros autônomos. Muitas empresas entraram na corrida para desenvolver novas tecnologias. Uma pesquisa da Ernst & Young diz que, em 2025, a previsão é que a venda desses veículos representem 4% do total em todo o mundo. 

Aqui, alguns fatores trabalham em conjunto, como sensores e câmeras, para que os veículos possam saber onde há obstáculos, como pedestres e, claro, os sinais de trânsito. Os sensores, inclusive, não ajudam somente no fluxo, mas também no auxílio aos carros autônomos para trazer as informações que um motorista teria pela visão, como velocidade máxima da via e distância da guia. Ainda há muitos desafios a serem enfrentados, mas quem sabe essa tecnologia começa a ser colocada em prática no futuro no Brasil e em outros países. 

Outro exemplo é a balada Surya, que fica em Londres e, desde 2010, possui pista de dança capaz de transformar os movimentos dos clientes em energia elétrica. O grande destaque está no piso, feito com cristais de quartzo e cerâmica, que tem efeito piezoelétrico, capaz de transformar as pressões mecânicas dos passos em eletricidade. A tecnologia impulsiona a visibilidade da balada, que atrai visitantes do mundo inteiro, e gera economia para os proprietários, que utilizam apenas 40% da energia elétrica do sistema de fornecimento local.

Portanto, como vimos, essa é uma área muito importante e que envolve muitas questões. Agora, que tal assistir uma aula inaugural no YouTube do Carreira em Pauta que conta com a participação da Mariana e mais duas professoras do curso? Confira muitas informações relevantes sobre a área!

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