Até que ponto a autocobrança é saudável para a carreira?

homem com uma mão nos olhos e outra segurando óculos para ilustrar conteúdo sobre autocobrança

Quase todo ambiente corporativo é extremamente competitivo, geralmente muito estressante e cheio de cobranças por performance e metas Não é fácil estar sempre em dia com as últimas atualizações de tecnologia, mercado e tantas variáveis do mercado, seja em qual for o seu ramo de atuação. Para se manter sempre atualizado é preciso um aperfeiçoamento constante, um alto investimento pessoal, muita entrega e horas e horas de dedicação ao seu trabalho.

Com tudo isso, a constante necessidade de se estar sempre um passo à frente de seus colegas de trabalho, além da cobrança por evolução, pode resultar em um elemento cada vez mais comum nas empresas e que pode ter um resultado bem prejudicial para toda a sua carreira: a autocobrança.

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Até quanto a autocobrança é saudável?

A constante busca pessoal por uma melhora de performance e por mais resultados é algo comum nos dias de hoje em qualquer empresa. Com isso, o profissional cada vez mais cobra de si mesmo um melhor desempenho, busca sempre superar suas próprias metas anteriores e bater marcas para mostrar não apenas aos outros, mas a si mesmo que ele é capaz de melhorar sempre.

O ser humano está sempre se cobrando, buscando romper o seu próprio limite e atingir novas marcas e metas. No ambiente profissional, isso não é diferente – e pode ser até mais acentuado do que em nossas vidas cotidianas. É natural se cobrar. Nos cobramos para conseguir atender diferentes expectativas, para atingir novos pontos profissionais e pessoais e, assim, ter uma grande sensação de prazer, satisfação e motivação. 

Quando essa autocobrança se torna excessiva, ela acaba tendo um efeito oposto a tudo que era esperado e almejado. Por mais que se esforce, o profissional acaba se vendo cada vez mais insatisfeito, cansado, estressado e desmotivado. A autocobrança é a exigência ou cobrança feita a si mesmo, aquele sentimento de estar sempre acreditando que poderia ter feito mais, melhor e mais rápido. 

É uma exigência pessoal que pode ser exagerada em certos momentos e acabar se tornando uma energia que atua como uma forma de pressão interna e, assim, bloqueando a capacidade de enxergar os resultados brilhantes que possamos ter conseguido atingir em algum projeto ou trabalho em especial. É uma sensação de que nada está bom o bastante, não importa o quanto se dedique e se esforce para conseguir realizar aquilo.

Por mais natural que possa ser a autocobrança em um ambiente de trabalho que é competitivo por natureza, esse comportamento, quando atinge um patamar exagerado, traz consigo um custo emocional muito grande, causando casos de estresse, ansiedade, esgotamento e baixa autoestima.

Como a autocobrança afeta os profissionais

De forma excessiva, é um problema com o qual muitas pessoas precisam lidar ao longo da carreira. Mais comum do que aparenta, são muitos os profissionais que sofrem acreditando que todos ao seu redor no ambiente de trabalho são melhores do que ele. Apesar de todo o seu estudo, sua preparação e sua competência, o sentimento de inferioridade continua forte, atrapalhando o seu crescimento profissional e botando em xeque todo o seu plano de carreira.

É preciso estar atento para quando a autocobrança se torna excessiva e traz junto casos de níveis elevados de estresse e ansiedade, que são extremamente responsáveis em afetar o seu desempenho profissional. Estar esperando sempre mais de si mesmo faz com que nada nunca esteja bom o suficiente. Por mais conquistas que você consiga em seu trabalho, elas acabam ofuscadas pelo seu sentimento de supostos fracassos. 

Para não deixar que algo assim aconteça e atrapalhe todo um planejamento de uma vida profissional cheia de ambições, é preciso, antes de tudo, conseguir identificar o problema de autocobrança excessiva e buscar a melhor maneira de lutar contra todos esses fatores e virar o jogo a seu favor.

Antes de mais nada, é preciso observar com mais calma e de forma mais generosa suas próprias conquistas, seja do tamanho que elas tiverem. Se por acaso você não conseguir atingir um determinado objetivo ou falhar em algum projeto, é importante não deixar a autocobrança em demasia aparecer. Faça a experiência de colocar uma outra pessoa em seu lugar. Você a cobraria do mesmo jeito que cobra a si mesmo em caso de uma falha? Por que fazer isso a si mesmo, se você não tem o mesmo pensamento quando se trata de outra pessoa?

A melhor forma de combater a autocobrança excessiva e manter seu foco no trabalho e na busca por mais e mais conquistas profissionais, é reconhecer cada pequeno desafio que você superou. É preciso aceitar-se, principalmente no âmbito emocional. Entenda que você possui limites que são apenas seus, um ritmo que pode ser diferente de seus colegas e claro, nunca deixe de buscar evoluir e se desenvolver cada vez mais. Se cobrar por performance é saudável, desde que haja um limite que não interfira em seu emocional.

Em seguida, confira como evitar a autossabotagem em outro artigo do blog do Portal Pós.

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