Ruídos na comunicação: o que fazer para evitá-los e se comunicar melhor?

Nos estudos da Comunicação se aprende que qualquer mensagem só é realmente entregue se o chamado “emissor” (aquele que comunica) e o receptor (aquele que recebe a mensagem) se entendem. Isso quer dizer que se há ruídos na comunicação, ou seja, algum fator que atrapalhe essa compreensão, o processo pode ser prejudicado. 

De acordo com o pensador Peter Drucker, que é considerado o pai da administração moderna, as falhas e ruídos na comunicação são responsáveis por cerca de 60% dos problemas no ambiente de trabalho e impactam em vários níveis e âmbitos do fluxo operacional. 

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A consequência desse problema é, principalmente, a desinformação – uma questão pertinente e que atrapalha não apenas o dia a dia nas empresas, mas na vida em geral. 

Além disso, uma comunicação cruzada ou informações incorretas podem gerar erros, conflitos e situações desconfortáveis, prejudicando a produtividade, atrapalhando o desenvolvimento dos colaboradores e trazendo até mesmo perdas financeiras. 

Ruídos na comunicação: o que e quais são?

Qualquer elemento que interfere na mensagem passada do emissor ao receptor é considerado um ruído de comunicação, independente dele ser externo ou interno. Isso quer dizer que essa interferência pode ser ambiental, pessoal ou de linguagem.

No caso dos ruídos considerados internos, temos aquelas condições e comportamentos que estão ligadas ao indivíduo, seja quem transmite ou quem recebe a mensagem. Já os externos estão relacionados ao meio físico, como um barulho, por exemplo. 

Ruídos físicos 

Esse tipo de ruído acontece por conta de uma interferência externa a quem fala ou quem ouve, o que, consequentemente, causa certas dificuldades na transmissão da mensagem de maneira física e tangível. Exemplos: sons de telefone, outras pessoas conversando ao redor, buzina de veículos, entre outros. 

Ruídos fisiológicos e comportamentais

Em ambos os casos, a dificuldade de comunicação se dá por conta de uma condição do transmissor ou do receptor. No caso do ruído fisiológico pode ser uma disfunção sensorial, dores físicas ou até mesmo questões ligadas ao organismo, como fome e cansaço, por exemplo.

Já quando falamos de ruídos comportamentais são aqueles que possuem conexão com emoções, crenças ou qualquer ação ou comportamento que cause interferência na comunicação de alguma forma. 

Ruídos relacionados à linguagem

Também chamado de ruído semântico, as barreiras de linguagem são aquelas que dificultam que o receptor receba a mensagem da maneira correta. Nesse caso, pode ser uma gíria desconhecida, idiomas ou palavras que possuem diferentes significados em regiões diferentes da mesma cidade ou país. 

Como evitar os ruídos na comunicação? Confira 5 dias

Apesar de existirem e serem comuns, essas confusões na hora de se comunicar podem (e devem) ser evitadas. E o primeiro passo para impedir que qualquer interferência ocorra é evitá-la. A partir de algumas atitudes, é possível minimizar esses conflitos e ter uma boa comunicação entre os colaboradores e os gestores. 

1 – Faça uma pergunta: quem vai receber a mensagem?

Saber quem é seu público e receptor é o fator mais importante para:

  • Alcançar o máximo de pessoas possível;
  • Ter uma comunicação bem sucedida e a mensagem compreendida;
  • Saber qual a melhor abordagem para comunicar essa informação. 

2 – Escolhendo a maneira de se comunicar

Você conversa com seus amigos da mesma maneira que fala com seu chefe? É bem provável que não. Por isso que conhecer quem irá receber a mensagem é tão importante. 

Dessa maneira, fica muito mais fácil saber como comunicar, o canal (redes sociais, e-mail, pessoalmente, entre tantos outros) e até o tipo de linguagem a ser usada para impactar de maneira positiva o seu receptor. 

3 – Saiba a hora de falar

O momento certo para passar a sua mensagem também é essencial para obter sucesso na comunicação. Afinal, não adianta apenas saber com quem, o quê ou como falar, não é? 

Todos os fatores precisam ser muito bem analisados. Evite momentos de estresse, por exemplo, e se a mensagem for para um público mais abrangente pense em horários específicos que se relacionem aos hábitos desse grupo. 

Leia também: Como organizar e-mail e ser mais eficiente na comunicação

4 – Confira se a mensagem foi compreendida

Um follow-up ou acompanhamento, em português, pode ser a solução para ter 100% de certeza que o receptor entendeu o que você quis dizer. Confirme se a pessoa conseguiu compreender e se não houve nenhuma divergência de interpretação. 

Mesmo seguindo todos os passos citados e tendo cuidado ao comunicar, as interferências podem acontecer. Caso isso ocorra, ajuste a mensagem ou as ferramentas utilizadas. 

5 – Estude e aprimore suas habilidades de comunicação

Assim como muitas outras capacidades, a comunicação deve ser aprimorada. Quanto mais você se comunica, independente do meio, mais terá confiança para passar a mensagem e menos as interferências irão te atrapalhar. Para isso, uma boa solução é investir em treinamentos, dinâmicas, projetos e exercícios que incentivem o diálogo e a troca com outros profissionais, sejam eles da sua ou de outras áreas de atuação.

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