Conheça estratégias pedagógicas para alunos com TEA

Alunos com TEA

Alunos com TEA, Transtorno do Espectro Autista, contam com características específicas de aprendizado que devem ser consideradas pelos docentes durante os ensinamentos. O Brasil não conta com informações atualizadas sobre o percentual de pessoas autistas no país, mas de acordo com dados do Censo de Educação Básica, o número de alunos nessa condição matriculados nas escolas aumentou em 50% entre 2022 e 2023. 

Se esse indicativo aponta para avanços na inclusão escolar, ele traz também novos desafios para os docentes, que precisam adaptar suas técnicas para atender a esse público e garantir que todos sejam capazes de se desenvolver intelectualmente. 

Características e desafios dos alunos com autismo

O TEA, mais conhecido como autismo, se caracteriza como um transtorno neurológico que engloba diversas condições relacionadas ao comportamento social, comunicação e sensibilidades sensoriais. 

Essas características costumavam ser diagnosticadas separadamente, como a Síndrome de Asperger, porém, a Associação Americana de Psiquiatria consolidou esses diagnósticos dentro do TEA a partir do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição ou DSM-5. 

Com isso, as características que definem o TEA são abrangentes, e podem incluir dificuldade para manter contato visual e entender linguagem verbal e não-verbal, como expressões faciais e entonação de voz 

Além disso, eles podem ter sensibilidade acentuada a estímulos sensoriais, como sons e luzes. Comportamentos repetitivos também são comuns, por isso crianças com TEA tendem a enfrentar dificuldades com a mudança inesperada na rotina ou no ambiente. 

Compreender essas características é fundamental para que seja possível incluir essas crianças na sala de aula, permitindo que elas socializem e aprendam da mesma forma que os colegas. 

Todas as pessoas envolvidas no ambiente escolar precisam desenvolver habilidades para lidar melhor com essas crianças, além de ajudar os colegas de classe a entender essas questões e criar um ambiente mais inclusivo para esses alunos. 

Estratégias pedagógicas para alunos com TEA

Compreender as características e desafios dos alunos com TEA permite que os professores desenvolvam estratégias pedagógicas mais eficientes para auxiliá-los em seu aprendizado. Trata-se de um processo de adaptação não só no planejamento das aulas, mas também na forma de integrar esses alunos na sala de aula

Entenda cinco estratégias pedagógicas que permitem o desenvolvimento e integração de alunos autistas na sala de aula:

1 – Trabalhe em equipe

O primeiro passo é entender que o professor não é o único responsável por garantir que esses alunos aprendam e prosperem. A instituição de ensino e todos que lá trabalham devem contribuir para isso. 

Por isso, é necessário desenvolver uma equipe que esteja alinhada e que se comunique em relação a esses alunos, trocando ideias, compartilhando informações e oferecendo conselhos sobre a melhor maneira de abordá-los. 

2 – Crie um ambiente adequado

Como falamos, parte das dificuldades enfrentadas pelos alunos no espectro autista envolve questões sensoriais. Com isso, é importante adaptar o ambiente para minimizar possíveis gatilhos, como fones com cancelamento de ruído para que se concentrem durante as lições, ou até o uso de almofadas, além de exercícios de respiração e relaxamento. 

Como a mudança na rotina também é um aspecto a ser considerado, convidar o aluno para visitar a escola antes do período letivo é uma forma de familiarizá-lo com o ambiente, conhecendo os corredores, o caminho para o banheiro e onde ir ao chegar e sair da escola. 

3 – Aposte em estímulos visuais

Ainda na questão sensorial, existem materiais específicos que os professores podem utilizar que ajudarão os alunos no processo de aprendizagem. Recursos visuais como cartazes, ilustrações, gráficos ou pictogramas facilitam seu entendimento sobre o conteúdo.

Esse tipo de solução também pode ser utilizado ao tratar da rotina de aula, deixando claro para os alunos o que está planejado para as aulas e oferecendo segurança e previsibilidade ao seu dia. 

4 – Desenvolva uma rotina estruturada

Por falar em rotina, esse é um aspecto que deve ser bem planejado, com alinhamento exato do que se será tratado no dia e horário de cada tipo de atividade. Isso diminui a ansiedade e melhora a concentração dos alunos, que já sabem o que vai acontecer ao longo do dia. 

5 – Adapte a comunicação

A comunicação é, em geral, um desafio para quem possui TEA, porém em diferentes níveis. Para alguns, isso se apresenta na própria fala, enquanto outros se beneficiam de linguagem direta, evitando expressões figurativas. 

Por isso, os profissionais devem adaptar sua comunicação, buscando uma linguagem acessível para esse grupo, bem como a sala de aula em geral. 

Isso também inclui a CAA, ou Comunicação Aumentativa e Alternativa, que envolve uma série de práticas voltadas a esse entendimento, como o uso de símbolos, fotografias, dispositivos eletrônicos e outras ferramentas não-verbais que facilitem a comunicação. 

Como vimos, é possível garantir a inclusão e o aprendizado de alunos com TEA. Para isso, porém, as instituições e professores precisam estar dispostos a se aprofundar nas características dessas pessoas e buscar soluções criativas para apoiá-los nesse processo. Aprofundar o conhecimento com a pós online em Intervenção ABA para TEA ajuda a fornecer as estratégias e ferramentas necessárias para contribuir com o ensino de qualidade. 

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