Autonomia do aluno: importância e como estar à frente do seu processo de aprendizagem

imagem para ilustrar o texto de autonomia do aluno

A cada ano que passa, as exigências para se manter bem posicionado no mercado de trabalho crescem. Seja pela ambição de alcançar um novo posto, a necessidade de se manter atualizado ou a vontade de empreender, a pós-graduação é um direcionamento para melhorias na jornada profissional. 

E se o desejo de crescimento é totalmente guiado pelos desejos individuais, frente a um contexto coletivo, a atuação do estudante de pós deve ser voltada para construção da autonomia do aluno, com o objetivo de alcançar os sonhos pretendidos.

Neste post você irá entender um pouco mais sobre autonomia, qual sua importância e como aplicá-la na pós-graduação, em qualquer modalidade escolhida. Continue a leitura e entenda como você pode assumir as rédeas do seu processo de formação!

O que podemos entender por autonomia?

Quando falamos em autonomia, o termo pode passar a ideia de independência e liberdade, e nenhum tipo de interferência externa. Certamente todos esses conceitos podem ser operacionalizados para falar sobre um ser autônomo, mas no contexto educacional, o que significa autonomia?

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Autonomia não significa estar sozinho, mas saber seguir um caminho, de forma individual, assumindo responsabilidades, ganhos e perdas das escolhas tomadas no percurso de formação. Para isso, o estudante pode, e deve, contar com a experiência e aconselhamento dos educadores. 

Assumir as rédeas sobre a própria vida pode ser muito desafiador, em quaisquer situações. Exercer a autonomia sem se isolar também é desafiador. Vivemos em uma sociedade que nos exige tomadas de decisão constantes, e que torna quase impossível agir de forma absolutamente solitária. 

Mas isso não deve ser visto como algo ruim. Muito pelo contrário: aprender a escolher caminhos, com níveis de interação e com pessoas diferentes, pode enriquecer o processo, e torná-lo cada vez mais fácil.

Ser um estudante autônomo inclui aceitar e trabalhar pela mudança nas salas de aula, assumindo um protagonismo, em relação ao educador, e tomando para si o papel de co-construtor do conhecimento. O aluno é responsável por estabelecer um dos lados no processo de troca, que constitui o saber.

É preciso se desvincular de uma postura passiva, em que a única forma de comunicação sobre o conhecimento é através das atividades, para estabelecer métodos personalizados de aprender, a partir da investigação sobre melhores formas de acessar o conhecimento.

Aprender a assumir o protagonismo sobre o próprio projeto de vida é uma decisão que só cabe ao aluno. A IES pode auxiliar nesse processo, mas é o comportamento de cada um que delimita o nível de sucesso na criação de um perfil autônomo. Quer entender como você pode realizar esse feito? Continue esta leitura!

Qual a importância de se tornar um estudante autônomo?

A autonomia implica em assumir uma série de responsabilidades, mas, além disso, traz muitas vantagens para a vida de quem assume essa postura. Falando especificamente do processo de formação profissional, essa pode ser a diferença entre quem conseguirá atingir seus objetivos ou não.

Quem se torna protagonista de sua jornada de crescimento e de conhecimento também colhe benefícios que vão muito além da mudança de perfil e atitudes relacionadas à vida profissional.

É uma verdadeira mudança no estilo de pensar, com maior capacidade de superar os desafios que se colocarem no caminho. Confira essas 5 vantagens de exercer autonomia no processo de aprendizagem.

  1. Atendimento às demandas do mercado

A formação superior, seja em cursos de graduação ou de pós-graduação, parte do pressuposto de que o aluno está se preparando para atuar no mercado de trabalho. Por isso, é preciso pensar o percurso acadêmico de forma relacional com o mundo fora da IES. 

A autonomia auxilia neste processo. É necessário que o aluno abandone uma postura passiva, para ajudar o educador a construir uma aprendizagem significativa, com ancoragem no contexto dos estudantes, e que faça sentido quando os desafios profissionais se colocarem no caminho.

Tornar-se autônomo beneficia o processo de aprendizagem, mas vai além disso. Entre as principais habilidades não técnicas requeridas nas vagas de emprego, a capacidade de autogestão, ligada à autonomia, é uma das que mais aparecem.

Outra habilidade que é desenvolvida a partir da autonomia é a gestão do tempo. Muito importante no contexto laboral, essa é uma ferramenta que otimiza a produtividade e o bem-estar em relação à rotina. 

Autonomia não significa isolamento, e isso fica muito claro na forma como o profissional autônomo se relaciona com os colegas. Ele respeita as opiniões, o protagonismo, e consegue aprender com o próximo, entendendo os limites das pessoas, e o que constitui essas visões diferentes sobre o mundo.

  1. Capacidade de aprendizado ampliada

Uma das características desenvolvidas a partir do comportamento autônomo é a ampliação da capacidade de aprender. Além da maior abertura para pesquisar e se envolver com os conteúdos, o aluno que se torna protagonista de sua trajetória acadêmica sempre busca observar as conexões entre o conhecimento e a sua realidade.

A autonomia faz com que o estudante tenha que buscar mais por si mesmo, o que beneficia novos aprendizados, sejam de soft skills, metodologias ativas, conhecimentos ou tecnologias. O aluno também se sente mais à vontade para buscar ajuda, quando necessário, para contribuir com sua trajetória.

A necessidade de tomar uma decisão ou resolver um problema pode levar o aluno a buscar maneiras de melhorar os processos de estudo e trabalho. Com isso, a busca por novas competências está diretamente ligada à retomada do protagonismo do estudante. 

  1. Capacidade de tomar as próprias decisões

A autonomia prevê liberdade com responsabilidade. A tomada de decisões de forma livre implica em manejar os ganhos e perdas desse processo, e aprender com os erros e acertos, para ter uma performance cada vez mais acertada.

A autoconfiança gerada nesse processo amplia a liberdade de pensamento e de expor opiniões, o que torna o aluno e o profissional mais engajado e bem-sucedido em suas relações, trabalhando competências socioemocionais que o mercado tanto precisa em seus empregados.

A liberdade também influencia no ritmo das atividades. A autoconfiança promovida pela autonomia faz com que o estudante banque suas atitudes, tornando a resolução de problemas mais rápida e eficaz, com a constante revisão crítica do modo de fazer as coisas.

  1. Aumento da capacidade crítica

O estudante autônomo consegue melhorar sua capacidade crítica. A autonomia prevê a tomada de decisões e deliberação, e para isso, o aluno precisa sempre avaliar os pontos de melhoria e aqueles em que obteve sucesso. Com isso, ele desenvolve autocrítica sobre a própria atuação. 

Além da reflexão sobre sua performance, é preciso que o estudante tenha um olhar atento para o contexto em que sua profissão está inserida. Com isso, é possível ser mais assertivo na atuação e planejamento, aumentando a possibilidade de sucesso.

O senso crítico também pode ser desenvolvido de forma relacional. Por isso a autonomia é uma potencializadora das interações de qualidade. Seja através de conversas informais, fóruns ou do esclarecimento de dúvidas, a melhoria contínua do aluno pode ser feita a partir do diálogo.

  1. Criatividade aflorada

Maior liberdade e autoconfiança promovem um afloramento da criatividade. Isso ocorre porque ela nasce e cresce a partir da experimentação e ação sobre o mundo. Há grande complexidade por trás da criatividade. Boas ideias não surgem do nada, elas precisam de um terreno fértil para se desenvolver. 

A criatividade nasce a partir da criação de um repertório de vivências. Isso pode ser feito a partir das experiências pessoais, interação com outros contextos, cooperação entre pessoas diferentes, e um olhar atento para a realidade. 

A autonomia colabora para o desenvolvimento da criatividade quando estimula o protagonismo do estudante com menos repetição, um ensino mais personalizado e uma capacidade de escuta ampliada, para atender às demandas específicas de cada turma

Como aplicar a autonomia do aluno na prática?

Agora que você já conhece alguns dos inúmeros benefícios da autonomia para a jornada do estudante, a dúvida que fica é: como aplicar isso no dia a dia? Pensando na formação profissional, há diversas formas de promover a autonomia, e agir de forma a tomar o protagonismo para si.

A principal aplicação da autonomia pode ser vista na rotina, nas micro ações e atitudes que aproximam o aluno do protagonismo. 

Para te ajudar nessa jornada, selecionamos 3 dicas imperdíveis para uma ação mais autônoma, criativa e crítica em relação ao conhecimento, que pode te levar a colher ótimos resultados no processo de formação. Acompanhe:

  1. Aprenda a se planejar

Quem deseja uma vida acadêmica e profissional mais autônoma precisa se empenhar em fazer planejamentos de qualidade. Os planejamentos são ferramentas de observação, que permitem entender o que tem potencial para dar certo, ou não.

O ensino que não é pensado a partir do protagonismo do aluno reforça a ideia de que planejamentos obedecem uma ordem hierárquica, que vêm dos educadores, e são passados aos alunos. Mas na verdade, essa dinâmica não beneficia o processo de ensino e aprendizagem. 

Parar de esperar o planejamento alheio, e tomar as rédeas da própria vida é um grande salto autônomo. O planejamento auxilia o aluno a entender seu potencial, seus pontos de melhoria, e as ações que precisa empreender para atingir seus objetivos. 

A organização, através do planejamento, não precisa vir — necessariamente — de uma visão macro. O começo do planejamento pode ser a preparação do material e ambiente de estudo, das atividades a serem realizadas no dia, etc.

  1. Busque autoconhecimento

A capacidade auto reflexiva é extremamente benéfica para tornar-se mais autônomo. A busca pela autonomia também passa pelo conhecimento dos próprios limites, ideias, vontades e objetivos. E essa habilidade não beneficia o aluno apenas na esfera acadêmica e profissional, mas em todos os âmbitos da vida.

Assim como a busca pela autonomia, saber refletir sobre si mesmo é parte de um exercício diário. A cada passo dado é importante pensar o porquê dessa decisão, quais são suas implicações, e o diferencial em relação aos outros caminhos. 

Entender nosso próprio modo de funcionamento nos ajuda a delimitar os canais e métodos que podem beneficiar nosso aprendizado. Existem muitas formas de aprender um mesmo conteúdo. Há quem aprenda inglês exclusivamente com a conversação e gramática, outras pessoas conseguem uma boa base no idioma a partir de filmes

Envolver hobbies e métodos diferentes no processo de adquirir um conhecimento nos ajuda a entender os melhores caminhos, o que nos faz ter mais consciência sobre o sucesso e as falhas que possam ocorrer.

  1. Assuma responsabilidade

A autonomia não pode ser dada a alguém. Ela pode ser beneficiada por determinadas ações, mas o processo de conquista de um status autônomo, no contexto educacional e laboral, cabe apenas ao aluno e ao profissional a responsabilidade pela sua jornada. 

Outro termo totalmente conectado à autonomia é a disciplina. Ser disciplinado tem a ver com a criação de hábitos que favoreçam o atingimento de um objetivo. Para que os processos disciplinares possam ser mais facilmente incorporados à rotina, é possível seguir algumas dicas.

A primeira, e óbvia, é a persistência. Um hábito ou atitude não serão alterados por auto decreto, mas pelas tentativas constantes de atingir o objetivo. A segunda dica é buscar metodologias e modos de fazer que contemplem suas habilidades, dessa forma a mudança de atitude será mais simples. 

Crie pequenas e grandes metas, dessa forma você não ficará desanimado no caminho. Entenda quais dificuldades você apresenta no seu processo de tomada de responsabilidade, dessa forma poderá trabalhar pontos que podem ser considerados como falhas. 

Autorregulação  é a capacidade de lidar com as escolhas que precisamos tomar, afinal de contas, até quando decidimos por não decidir, estamos aceitando um caminho a seguir. A responsabilidade nos leva a dosar as nossas ações para manejar as implicações delas em nós, e em quem nos cerca.

Agora você já sabe um pouco melhor sobre o processo de conquista da autonomia, que implica em uma jornada mais satisfatória nos estudos, na profissão e na vida. Para isso, é preciso confiar em si mesmo, se conhecer, e estar disposto a buscar os melhores métodos de crescimento.

Esperamos que tenha gostado deste conteúdo. Ele foi produzido pelo Blog Saraiva Educação!

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