90% dos brasileiros querem mudar de emprego; veja motivos

brasileiros querem mudar de emprego

Aproximadamente 90% dos brasileiros querem mudar de emprego. A informação vem de uma pesquisa conduzida pela Infojobs, por meio do software de RH Pandapé.

A análise revela como principais razões para a vontade de sair do atual emprego a falta de oportunidade de crescimento, (30,03%), liderança tóxica (24,46%), salário baixo (24,15%) e clima organizacional ruim (21,36%).

Os dados chegam para reforçar uma pesquisa feita em 2023 pelo FEEx – FIA Employee Experience, que também aponta a falta de crescimento profissional como a principal razão para o desejo de mudança de emprego (18%), exceto que, nesse caso, a razão vem seguida por mudança na vida pessoal (15%) e a falta de uma política salarial (12%). 

Mudança de emprego

Mudar de emprego não é uma solução que faz parte da realidade de muitos brasileiros. Enquanto grande parte das pessoas que sente a vontade de deixar o trabalho atual em busca de uma oportunidade melhor não o fazem por conta da estabilidade financeira, a outra parte se depara com a dura realidade do desemprego, o que desmotiva até mesmo a procura por um outro cargo.

O medo do desconhecido e a preocupação com as finanças podem ser fatores decisivos nessa decisão, mas pressões externas, como expectativas familiares, responsabilidades financeiras ou a necessidade de manter benefícios específicos (como o plano de saúde, por exemplo), podem influenciar a decisão de permanecer no emprego atual, mesmo que não seja totalmente satisfatório.

Em muitos casos, os profissionais podem querer mudar, mas não têm uma visão clara do que desejam fazer em seguida. A falta de um plano sólido ou de clareza sobre os objetivos profissionais pode retardar o processo de mudança.

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Por que brasileiros querem mudar de emprego?

Como vimos nas pesquisas, as condições do trabalho podem fazer com que o profissional se sinta estagnado ou desvalorizado, e acabam levando a essa necessidade de mudança. Seguindo a leitura, você confere os motivos mais comuns, de maneira aprofundada:

1 – Falta de oportunidade de crescimento

A falta de oportunidade de crescimento contribui para deixar o profissional com uma sensação de estagnação, ou seja: como se a carreira não estivesse progredindo. A verdade é que, de modo geral, as pessoas buscam pela evolução. Ficas vários anos recebendo praticamente o mesmo salário, sem uma promoção, pode ser frustrante.

A empresa que não se preocupa com o crescimento dos colaboradores observa uma alta rotatividade de talentos, especialmente aqueles com bom desempenho, que buscam oportunidades em outras organizações. Assim, não apenas o próprio funcionário sai perdendo com essa falta de perspectiva, como a própria organização se vê diante de um dos maiores desafios do mundo corporativo: a retenção de talentos.

Para contornar a situação, a empresa precisa implantar um plano de carreira e fazer uma avaliação regular do desempenho de seus colaboradores. Oferecer programas formais de treinamento e desenvolvimento que ajudem os funcionários a adquirir novas habilidades e conhecimentos também pode ser uma boa ideia. 

2 – Liderança tóxica

A liderança tóxica pode ser identificada por meio de determinados comportamentos, como a comunicação agressiva — tom de voz elevado, críticas excessivas, humilhação, interrupções constantes, imposição autoritária de ideias e desconsideração pelo sentimento das outras pessoas.

Esse tipo de liderança também não possui uma comunicação transparente e pode chegar até mesmo ao assédio moral (que consiste em intimidar ou degradar uma pessoa no ambiente de trabalho). 

Outro aspecto a se levar em consideração é a microgestão, ou seja, quando o líder tóxico monitora e controla excessivamente as atividades dos membros da equipe, ferindo a autonomia da equipe. Sinais de favoritismo e a perseguição de um determinado funcionário também indicam um comportamento tóxico.

Isso ressalta a necessidade da empresa acompanhar de perto a liderança de cada departamento. Fazer pesquisas com os funcionários e pedir feedback contínuo sobre os líderes ajuda a prevenir essa situação.

3 – Salário baixo

Além da falta de crescimento, o salário baixo faz com que o profissional não se sinta valorizado pela empresa. Se não há uma remuneração justa, o colaborador tende a não entregar o melhor desempenho possível, e passa a fazer apenas o mínimo. Por isso, a empresa precisa ficar bem atenta em relação à média salarial da profissão. 

4 – Clima organizacional

O clima organizacional envolve a cultura, as normas, os valores, as relações interpessoais e o grau de satisfação dos membros da equipe no ambiente de trabalho. Quando positivo, esse clima contribui para a motivação e o bem-estar dos funcionários.

Por outro lado, um clima ruim pode ter efeitos negativos na produtividade, na retenção de talentos e na satisfação geral. O clima não é saudável quando há muitos conflitos ou quando há um excesso de pressão e estresse.

A empresa deve zelar por um bom clima organizacional por meio de programas de reconhecimento, comunicação transparente e gestão de conflitos.

5 – Mudanças na vida pessoal

Todos estão sujeitos a mudanças na vida pessoal — uma das principais razões pelas quais os brasileiros querem mudar de emprego. Uma dessas mudanças pode ser a continuação dos estudos. Mas a formação não precisa fazer você largar o emprego atual: uma pós EAD Anhanguera pode ser mais fácil de conciliar com a função atual, por exemplo. 

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