Cada geração é marcada por diferentes contextos sociais, econômicos e até tecnológicos e, nos últimos anos, estamos acompanhando a entrada de novos grupos na vida adulta e no mercado de trabalho, o que gera diversos debates sobre prioridades e comportamentos de cada um. O grupo atual que passa por esse processo é a geração Z, a primeira que cresceu já inserida em um contexto digital.
A geração Z é composta por indivíduos que nasceram entre 1996 e 2012, o que significa que os Gen Z – como também são chamados – mais velhos estão com quase trinta anos. Diferente do grupo anterior, que chegou a viver experiências analógicas antes da chegada da internet e dos telefones celulares, esses jovens estão inseridos em um contexto digital desde muito novos.
Desde o uso de tablets e smartphones para ver desenhos infantis até o consumo de vídeos no Youtube, passando por diversas redes sociais, essa influência digital faz com que essas pessoas tenham uma perspectiva única sobre o mundo.
A velocidade na comunicação, a rapidez para encontrar respostas e o fácil acesso a conteúdos oferecem a esses grupos características únicas, que hoje também começam a se refletir no mercado de trabalho.
As características da geração Z
Um novo contexto social também significa uma nova forma de viver e pensar, portanto, esse grupo que nasceu a partir do final da década de 1990 tem atributos próprios. Entenda quais são:
Altamente conectados
Não há como dissociar essa geração do tema digital, pois eles nasceram e cresceram em um período de grande avanço tecnológico. Eles possuíam acesso mais fácil a computadores, e viram nascer algumas das ferramentas que transformam a relação das pessoas com o digital como o Google, que surgiu em 1998, o iPhone, lançado pela primeira vez em 2007 e o Youtube, que foi ao ar pela primeira vez em 2005.
Com isso, cresceram acostumados a ter respostas rápidas para dúvidas e costumam ser ágeis em sua maneira de se comunicar. Além disso, são também mais dependentes da conexão e estão sempre on-line de alguma forma.
Individualistas e independentes
Por se relacionarem em comunidades digitais, não têm o mesmo senso de trabalho em equipe e de grupos que as gerações anteriores. Por um lado, isso os torna mais individualistas, pois têm mais dificuldade em ver valor nessas relações.
Por outro, também são mais independentes e têm facilidade para aprender sozinhos, lendo e assistindo a tutoriais na internet. Utilizam a conexão para fazer cursos e desenvolver novas habilidades e desenvolvem um bom senso de autonomia.

O mundo é sua casa
Antes da internet, a forma de se comunicar com pessoas em diferentes cidades, estados ou países era mais complexa. Os telefones eram fixos, as cartas levavam tempo para chegar e isso gerava uma sensação mais clara das barreiras geográficas.
Com a internet isso mudou, e através de comunidades on-line essa geração passou a se comunicar com pessoas de qualquer lugar, o que significa que seu conceito sobre o mundo não vê barreiras.
Fácil adaptação
Por conta de nascerem em uma época onde as inovações tecnológicas aconteciam com frequência, eles também passaram a se adaptar rapidamente a essas mudanças. Quando uma nova rede, software ou sistema surge, eles entendem que dominá-lo é essencial para que continuem usufruindo de tudo que o ambiente digital têm a oferecer, portanto têm facilidade em se ajustar a esses avanços.
Isso acaba se expandindo para além do ambiente on-line e a geração Z tem uma forte característica de adaptação e flexibilidade em todos os aspectos da vida, pois entendem a mudança como algo natural.
Geração Z e o mercado de trabalho
Um debate corporativo que constantemente toma conta das redes sociais é a disparidade de perfil profissional entre millenials e Gen Zs. Cada um cresceu com uma prioridade distinta quando o assunto é trabalho e, por mais que possam aprender uns com os outros, essas diferenças às vezes levam a conflitos.
A ideia de carreira para os mais jovens não é necessariamente linear, como a geração anterior imagina. Para eles, se jogar em novas oportunidades e abraçar o desconhecido é uma possibilidade de se tornar melhor, portanto não se prendem a um emprego se não se sentem satisfeitos.
Por mais que a estabilidade financeira seja uma prioridade, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal também, portanto prezam por empresas que tenham uma cultura organizacional com destaque para o bem-estar.
Também aceitam melhor a ideia de feedback e sabem atuar em parceria com líderes com perfil de mentoria.
Novamente, essa capacidade de adaptação e facilidade com o novo faz com que esse grupo seja mais propenso a inovar, já que são inquietos e, por estarem acostumados a uma grande quantidade e diversidade de conteúdos, não se contentam com uma resposta ou resultado que não seja satisfatório.
Por mais que tenham suas dificuldades em se adaptar às organizações mais tradicionais, a geração Z também deseja se desenvolver profissionalmente, e pode ensinar também para outros grupos. Faça uma pós-graduação online completa e descubra como se tornar mais competitivo no mercado de trabalho.
