De forma simples, o Growth Marketing pode ser definido como um mindset voltado para resultados. Em e-commerce, esse jeito de pensar é extremamente importante, visto que há diversos objetivos a serem alcançados quando falamos de vendas on-line. Assim, com a implantação das estratégias adequadas e assertivas para o seu negócio, é possível conquistar os resultados desejados com mais rapidez.
A busca por Growth Marketing, inclusive, tem crescido nos últimos anos. Isso significa que mais pessoas estão interessadas em conhecer essas estratégias seja para aplicá-las em sua empresa ou para se especializar na área, que demanda cada vez mais profissionais preparados para assumir desafios e que tenham um perfil data driven.
Hoje em dia, não dá para fugir: todas as companhias querem crescer de forma acelerada. A estrategista digital Patricia Quintiliano diz que esse crescimento tem relação com as startups. “Antes, tinha que ter um caminhão de dinheiro para investir em publicidade e mídia e, em startup, essa realidade não existe. Uma empresa pequena precisa crescer rápido e não tem grana para grandes investimentos”, explica em entrevista ao blog do Portal Pós.
Como funciona o Growth Marketing?
Cada empresa precisa decidir as suas dores para definir seu plano de ação e os seus KPIs. Para isso, é necessário que a organização identifique os pontos em que há necessidade de melhorias e explore oportunidades para montar um planejamento e colocá-lo em prática. Assim, será possível fazer testes, experimentos e ver o que, de fato, dá certo para o seu negócio.
Por outro lado, há alguns pontos em comum: o objetivo de toda empresa é ver seus números subirem (seja aumentar o número de sessões ou de elevar a taxa de conversão, por exemplo) gastando menos em investimentos. Mas, para que tudo isso se torne realidade, é importante não só testar as hipóteses como também utilizar ferramentas importantes para o processo, como é o caso do Google Analytics.
Entender a teoria é interessante, mas, agora, vamos conhecer um exemplo prático. É o caso do e-commerce australiano BlackMilk, citado como um case por Patricia, profissional que, hoje, está à frente da área de Marketing da VipCommerce. Segundo o site Startup Daily, a expansão da empresa aconteceu com a construção de uma presença marcante em diversas redes sociais, como Facebook, Instagram, YouTube e Twitter. Aqui, já podemos ver a relação do Growth Marketing com o Marketing Digital.
Estar presente nas plataformas sociais, no entanto, não é uma novidade quando falamos em expandir a marca e alcançar novos públicos. Por isso, a BlackMilk não parou por aí. Com uma rede de fãs fiéis, a empresa viu a oportunidade de aumentar sua conversão em vendas ao se aproximar deles. No Instagram, os clientes tiram foto com os looks da marca e fazem a postagem com a marcação do perfil da empresa ou usando a #BlackMilkClothing.
Dessa forma, a BlackMilk consegue utilizar as imagens de pessoas reais dentro de suas páginas de produto, diretamente no e-commerce. “Os consumidores se identificam muito mais com essas fotos do que com as de modelos profissionais”, afirma Patrícia. E, segundo o site ReferralCandy, “os clientes são recompensados por comprar e tirar fotos de seus produtos, enquanto a empresa se beneficia por ter mais imagens de seus produtos em circulação nas redes sociais.”
Mais exemplos práticos
Esse é um exemplo conhecido como marketing de referência, em que os clientes se tornam verdadeiros promotores da marca. Em e-commerce e outros setores, ainda dá para trabalhar a estratégia de gatilhos mentais, como é o caso do princípio da escassez. O objetivo é fazer com que o cliente sinta urgência em comprar o produto ou serviço, gerando o desejo de compra imediato. Sabe quando você vê em um site algo como “Faltam apenas X vagas” ou “Essa promoção acaba hoje”? É o Growth Marketing sendo aplicado.
Para tudo isso funcionar, é importante pensar estrategicamente. Aqui, vamos trazer um outro exemplo citado por Patricia, que trabalhou na ação de lançamento de uma fintech, que precisava captar recursos financeiros. Na prática, a especialista atuou para aumentar a base de conexões dos executivos da empresa no LinkedIn, dois meses antes de apresentar a startup para o mercado.
“No dia do lançamento, todo o time, na mesma hora, fez um post na rede social e marcou cada um. Foi uma explosão. Um banco nos procurou para entender o negócio por conta dessa ação. Também fomos procurados por jornalistas e saiu uma entrevista com o CEO da fintech na imprensa. Essa ação trouxe bons resultados”, detalha Patricia.
Como vimos, é possível seguir por vários caminhos quando se trata de Growth Marketing. Além disso, é um cenário que necessita de experimentações. Afinal, nem sempre dá para garantir que alguma ação vai dar certo se ela não for testada, não é mesmo? É necessário testar e validar os resultados. Assim, a estratégia será muito mais eficiente.
O que é necessário para trabalhar com Growth Hacking?
Essa é uma área em potencial e cada vez mais as empresas precisam de profissionais que tenham foco em fazer a companhia crescer. O profissional de Growth Hacker precisa, conforme descreve Patricia, saber olhar para números. “É o primeiro ponto. Tem que ser data driven. Não dá para fazer testes que não levem a números”, pontua.
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Outra característica importante é ter curiosidade. “Tem muito conhecimento disponível no mercado”, alerta a especialista. Inclusive, investir em uma pós-graduação de Growth Marketing para E-commerce é um fator que vai preparar o profissional para atuar nessa área com muito mais qualificação e preparo para alcançar os resultados esperados.
Além disso, a pessoa deve ser curiosa para ir atrás de novas ideias e testar técnicas. Também precisa ter disciplina, olhar analítico e ser movido por resultados. Com isso, deve ser capaz de analisá-los para entender o que funciona e o que pode ser descartado ou repensado. Ainda é necessário ter organização, conseguir trabalhar com diferentes tarefas, bem como saber se comunicar com outras pessoas e atuar em equipe.
E se você quiser se desenvolver ainda mais, vale procurar pelas comunidades, como o grupo do Facebook Growth Hackers Brasil, para acompanhar assuntos relacionados ao assunto. Também é válido ficar de olhos em nomes como Raphael Lassance, Gabriel Costa, Giovanni Lucas, Anderson Palma, Camila Rissi e, claro, Patricia Quintiliano. Aproveite para seguir esses perfis no LinkedIn e consumir muito conteúdo sobre Growth Marketing. Agora, que tal aprender a aplicar esses conceitos no varejo? Assista o evento que aconteceu no YouTube do Carreira em Pauta.
