Inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho: como promovê-la?

mulher com cadeira de rodas para ilustrar texto sobre inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Falar sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho não é algo recente. Há mais de 30 anos, foi criada a Lei de Cotas, nº 8.213/91, que determina que as pessoas com deficiência (PCDs) ocupem de 2% a 3% do quadro de empresas com mais de 100 colaboradores. 

Mesmo não sendo uma novidade, nem sempre as empresas estão preparadas para contratar colaboradores com deficiência. Nesse sentido, é mais do que essencial que os processos sejam atualizados e os gestores incentivados a buscar profissionais desse grupo. Quer saber como fazer isso? Continue lendo este artigo. 

A importância da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Algumas pessoas ainda enxergam contratar pessoas com deficiência como uma obrigação imposta pela lei ou como uma ação solidária. No entanto, esse é um dever das empresas e companhias com a sociedade. Afinal, incluir PCDs no mercado é garantir que esse grupo tenha acesso aos direitos que são assegurados pela Constituição. 

Nesse sentido, ficou para trás a ideia de que colaboradores com deficiência não são produtivos. Assim como qualquer outro profissional, merecem uma oportunidade e podem desempenhar muito bem sua função no trabalho. 

Além disso, a importância da inclusão de pessoas com deficiência se mostra na prática e no dia a dia. Quanto mais diverso um time, mais criativo, empático e melhores são as trocas entre os colaboradores. Assim, maiores serão os resultados. 

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O mercado de trabalho para pessoas com deficiência

A Lei de Cotas foi um progresso importante para o direito das pessoas com deficiência. Apesar de todos os avanços no mercado nos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser trilhado nesse quesito. Poucas são as empresas que, de fato, cumprem a lei, além de muitas das vagas ofertadas serem consideradas de baixa qualidade. 

Esses desafios são consequências de problemas estruturais da sociedade. É preciso uma mudança cultural para a inclusão acontecer de fato, pois, como já mencionado anteriormente, nem sempre esses profissionais são considerados para as vagas. Além disso, poucas empresas têm setores de Recursos Humanos realmente preparados para a inclusão de PCDs. 

Para mudar esse cenário, as empresas precisam preparar a estrutura de seus escritórios, rever processos seletivos e a própria cultura da empresa, tendo como pilares a inclusão, a diversidade e a empatia. 

Como promover a inclusão de pessoas com deficiência?

Existem alguns pontos para trabalhar a inclusão de PCDs nas empresas. Confira alguns deles: 

Adapte o processo seletivo

A inclusão começa no processo seletivo. É imprescindível a capacitação do time de Recursos Humanos e da equipe de recrutamento para, então, garantir que PCDs sejam acolhidas desde o primeiro contato com a empresa. 

Em um primeiro momento, isso quer dizer que todas as etapas do processo seletivo devem estar disponíveis em formatos alternativos e acessíveis, como letras grandes, áudio e braile, falando de plataformas digitais. Além disso, a entrevista deve ser acessível e as perguntas devem ser muito bem elaboradas para evitar a reprodução de preconceitos. 

Trabalhe a importância da inclusão com os colaboradores 

Outro ponto essencial é trabalhar a importância da inclusão com todos os colaboradores da empresa, independente do time e do cargo que ocupam. A empatia e o respeito devem fazer parte da cultura da empresa, assim como o entendimento dos motivos para contratar pessoas com deficiência. 

Para isso, é interessante que todos compreendam as razões dessas novas contratações, apresentando não apenas a Lei de Cotas, como também a importância da inclusão de pessoas com deficiência em todos os setores da sociedade. É válido trabalhar o respeito, orientar para possíveis dúvidas e questões que podem surgir na rotina do trabalho.  

Em relação aos gestores, é importante que se preparem para aplicar medidas de inclusão em seus times e que tenham recursos para lidar com as diferentes necessidades dos colaboradores do seu time. 

Quando uma nova contratação for feita, também é interessante que o time de RH informe os colaboradores sobre as deficiências do novo colega, para que, juntos, novas rotinas sejam criadas e adaptações sejam feitas para todos trabalharem em harmonia e de forma integrada.

Acompanhe a jornada do novo contratado

Após a contratação, é fundamental que esse novo colaborador tenha a sua trajetória amparada na empresa. Para isso, o gestor ou a equipe de RH pode criar um plano de acompanhamento, incluindo as tarefas, metas e desafios desse profissional. Dessa forma, a inclusão e integração será mais eficiente e produtiva. 

É importante lembrar que pessoas com deficiência devem ser avaliadas assim como qualquer outro colaborador. No entanto, sempre levantando em conta suas limitações e adequando o plano de acompanhamento para que esse profissional consiga desenvolver uma trajetória de sucesso na empresa. 

Não há dúvidas de que a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é produtiva para todos os envolvidos: profissionais e empresas. Para garantir equipes cada vez mais preparadas para promover essa inclusão, é importante investir em conhecimento. Fazer uma pós-graduação, por exemplo, é uma forma de atualizar processos, ficar por dentro de tendências e fazer da empresa um lugar cada vez mais preparado para contratar PCDs. 

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