Como inovar os processos de formação na educação superior?

ideia de lâmpada feita de papel

Um dos desafios presentes na educação superior concentra-se na abordagem docente em sala de aula durante a formação de profissionais das mais diversas áreas. Diante desse desafio, questões se fazem presentes, tais como: Que autores devo usar? Que métodos posso desenvolver em sala de aula? Que objetivos traçar? Como avaliar? E mais recentemente, como inserir a tecnologias da informação e comunicação em todo esse processo?

Considerando que cada campo de formação tem suas especificidades, uma primeira resposta encontrada é que não existe uma receita para esses desafios. No entanto, alguns caminhos podem ser seguidos, respeitando-se cada área. Quais seriam esses caminhos? Tudo começa com algo fundamental: Planejamento.

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Todo encontro entre professores e alunos começa muito antes da sala de aula ou da plataforma de aprendizagem. Esse início se dá quando o professor inicia o planejamento de seus encontros. E o que fazer? A primeira grande necessidade é que o planejamento não seja apenas algo para ficar no papel. O planejamento deve ser construído para ser posto em prática.

E diante disso, uma reflexão se faz necessária, a saber: o que eu quero que os estudantes façam com a temática a ser estudada? Que aspectos científicos acerca dessa temática precisam ser compreendidos para que os estudantes percebam a importância e a utilização do que está sendo aprendido no cotidiano do profissional para o qual ele está sendo formado? Como conteúdo e vivências se entrelaçam? Sabendo tais respostas, o professor já tem as bases necessárias para traçar os objetivos daquele encontro.

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Seguindo, temos o outro desafio que se impõe nas salas de aula da contemporaneidade: como usar as tecnologias da informação e comunicação nesse processo de aprendizagem? E para responder a isso, tenho que olhar para os objetivos traçados. Assim, o que foi desenhado para que os alunos desenvolvam ao longo do aprendizado nos objetivos, guiará o professor na escolha das metodologias.  A atenção aqui, talvez comece por identificar o que não fazer. Assim, considerando que a educação superior trata da produção de conhecimento, ter um conjunto de slides repletos de textos para serem lidos durante uma aula, definitivamente, não ajuda a esse propósito.

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Dessa forma, aponta-se para a utilização das TICs como um instrumento através do qual os alunos possam refletir, questionar e produzir seu próprio saber sobre o que está sendo estudado. O desafio é usar as TICs para propiciar ao aluno momentos de construção do conhecimento ao invés de reprodução do conhecimento. Simuladores, jogos, produções textuais coletivas são alguns dos caminhos que podem ser seguidos.

Autores. Que livros usar? Livros ou artigos? Que autores e que linhas de pensamento? Aqui, vale a máxima de que clássicos são necessários, mas os artigos também, pois neles encontramos a atualização do que vem sendo produzido nas diversas áreas. Assim,  é fundamental termos um mix desses tipos de obras no momento de planejarmos as ações desenvolvidas seja na sala de aula, seja na plataforma de ensino.

Seguindo a atividade de planejar, chegamos ao exercício de avaliar. Historicamente o estudante vem sendo avaliado apenas ao final de cada etapa do seu semestre de estudo. Pois bem. Nesse momento, o desafio se faz na proposta de avaliar o aluno durante o processo de aprendizagem. E não através de um exercício proposto ao final de cada aula. Avaliar através de algo produzido pelo aluno, mas também pelos seus questionamentos; pelas reflexões geradas; pelas propostas de soluções dadas. Enfim, avaliar pelo conhecimento construído. Olhar o crescimento do aluno através do seu posicionamento e da sua relação com a temática estudada.

A prática de todas essas ações talvez encontre a necessidade de uma primeira ação: formar o professor da educação superior de uma maneira diferente. Formá-lo para se saber orientador. Profissional instigador que está na sala para propiciar aos alunos a experiência de produzir conhecimento. E para isso, ao contrário do que vemos em nossas faculdades, a pergunta que é feita em sala e que é fruto da reflexão sobre o tema estudado, passa a ser tão importante quanto as respostas que o aluno fornece ao professor. O erro passa a ser tão importante quanto o acerto.

O resultado de tudo isso é que mesmo em tempos de tecnologia presente em sala de aula, o exercício de pensar e produzir realizados pelo ser humano ainda é o maior desafio da educação superior.

 

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