Hoje em dia é comum encontrar a oferta que precisamos na internet. De serviços a produtos, o mercado online hoje é um dos campos mais promissores para começar um novo negócio, principalmente aqueles que atendem nichos bem específicos, como suprimentos para animais de estimação, roupas infantis, comidas veganas e etc.
Quem enxerga essas especificidades e entende a essência do seu cliente tem um potencial incrível para crescer, principalmente se souber usar as ferramentas que o mundo virtual disponibiliza.
Saber investir em mídia é um dos segredos para alavancar os negócios que funcionam em plataformas como o Instagram, por exemplo. Mas quem de fato tem esse conhecimento tão específico?
Para orientar os microempreendedores nessa jornada, nós conversamos com o Analista de Mídia, Uillian Mendes, que atua em uma grande agência de publicidade de São Paulo e compra espaços para os clientes que desejam anunciar online. Abaixo ele fala sobre algumas boas práticas para trabalhar com as redes sociais. Confira a entrevista:
BP: Uillian, quais são as dicas essenciais para os empresários entenderem a compra de mídia?
UM: Antes de chegarmos ao assunto “mídia digital”, é de extrema importância que os empreendedores tenham na ponta do lápis todos os objetivos e metas com o investimento a ser disponibilizado pois, dessa forma, é possível estruturar planos de crescimento a curto, médio e longo prazo.
Após esses primeiros passos, deve-se buscar informações e definir quem é o público-alvo em questão e qual é o melhor argumento e mensagem para impacta-lo. A compra e reserva de mídia é apenas um reflexo desses objetivos que você já traçou, como, por exemplo: você está lançando uma nova marca de camisetas com algumas estampas da Copa da Rússia, o objetivo é alcançar o maior número de pessoas dentro da região de São Paulo, pois é onde você reside. A partir dessas informações, você pode setar o objetivo da sua campanha para alcance, optando pelo público homens e mulheres 18+, setando apenas a região préviamente estabelecida.
Um outro ponto muito importante em relação à campanha, são os “ads” (ou simplesmente anúncios). Tanto no Facebook quanto no Instagram, quando a quantidade de texto passa de 25% do anúncio, temos uma redução em sua entrega, tornando-o não tão eficiente para as estratégias.
BP: Qual é a solução que você sugere para peças como essa serem mais efetivas?
UM: O texto deve sempre destacar o que é mais importante. O nome de uma campanha, uma promoção ou alguma frase impactante que chama a atenção do cliente em potencial. O call to action (ou “chamada para ação”) do anúncio também é essencial, porque é ele quem “fisga” o cliente em potencial, pode ser um “compre agora”, “clique aqui”. Pense no que direcionaria o público a fazer realmente o que você quer.
BP: É imprescindível a contratação de um designer para a criação desse tipo de imagem?
UM: É sempre válido contar com um profissional para atender demandas específicas, mas a gente sabe que o budget disponível nem sempre permite. Caso você mesmo precise pôr a mão na massa, existem ferramentas gratuitas como o Canva, em que é possível criar as peças para redes sociais já nas especificações de tamanho. É bem prático.
BP: Os formatos de anúncios são bem diversos. Existem alguns que performem melhor?
UM: O machine learning do Facebook e do Instagram entendem e entregam com mais facilidade anúncios em vídeos e em formatos mais interativos, como, por exemplo, o formato imersivo canvas. Aqui você pode checar todos os modelos disponibilizados pelas ferramentas para tentar diversificar as suas tentativas e ver o que funciona melhor.
BP: Falamos bastante das redes sociais, mas o que acontece depois do clique no anúncio é o mais importante. O que o empreendedor precisa ter em mente para esse passo?
UM: Se o seu anúncio vai levar o cliente para uma loja externa, por exemplo, é muito importante que ela também seja responsiva para dispositivos móveis. Além disso, o tráfego do usuário no site deve ser claro, seja para a venda de algum produto ou serviço ou até mesmo para o preenchimento de um formulário.
BP: Para finalizar, você acha que existe um orçamento mínimo para fazer esse tipo ação?
UM: Não existe um padrão, principalmente porque cada anunciante possui um objetivo com o patrocínio dos anúncios e, sendo assim, o orçamento deve estar alinhado com os objetivos traçados no início desse planejamento. Mas conseguimos encontrar algumas informações na plataforma, como, por exemplo, o Facebook indica que para campanhas cobradas por impressão, o orçamento diário deve ser de pelo menos US$1 ao dia.
É bom lembrar também que as redes sociais sofrem constantes atualizações na sua interface, regras de uso e templates. Mantenha-se atento às novidades e assim será possível estabelecer um bom e equilibrado trabalho de marketing para o seu negócio se sobressair ao dos concorrentes.
—
Quer saber mais sobre marketing? Conheça os nossos cursos de pós-graduação da área aqui.