O termo “growth hacking” foi criado pelo estadunidense Sean Ellis. Na época, ele trabalhava no Dropbox, empresa de armazenamento e compartilhamento de arquivos na nuvem, e se especializou como um profissional de growth hacking com o objetivo de potencializar o crescimento da companhia.
No início, essa metodologia era muito usada por startups que buscavam um crescimento rápido nos primeiros anos de mercado já que, na prática, utiliza-se as estratégias de marketing, análise de dados e de pesquisa de mercado para o aumento do market share (fatia de mercado, em português). Uber, Airbnb e LinkedIn são alguns exemplos que apostaram no growth hacking para a captação de clientes.
Sabendo que a velocidade dos resultados e o crescimento a partir dos recursos já existentes, ou seja, sem a necessidade de grandes investimentos, são importantes para quem deseja usar o growth hacking como metodologia, o processo é inteiro baseado no marketing orientado a experimentos.
Assim, buscam-se as melhores oportunidades através da análise de dados, hipóteses levantadas e aplicações de amostras e testes em grupos focais e outros tipos de dinâmicas com o público alvo.
Para isso, os profissionais analisam dados, levantam hipóteses e aplicam testes em amostras para entender quais são as melhores alternativas de acordo com o comportamento do cliente.
Esses testes funcionam a base de tentativa e erro e permitem verificar quais são as ações que geram maiores resultados em um período curto de tempo e com um investimento pequeno. A partir da análise de resultados, determina-se quais foram mais positivos para serem aplicados na realidade da empresa.
É importante deixar claro que todas as atividades devem ter como base uma métrica norte, que define o que significa crescimento para a companhia levando em consideração fatores como retorno financeiro e fidelização de consumidores, por exemplo.
Qual é o perfil do profissional de growth hacking?
No geral, os times de growth hacking são formados por profissionais de diversas áreas, que incluem desde administração e engenharia da computação, até marketing, cientistas de dados, designers, business intelligence, entre outras.
Essa área atua em todas as fases para entender e aplicar as melhores soluções para os processos de um negócio, do planejamento e criação, ao desenvolvimento, aplicação e análise de resultados.
Por isso, o perfil das pessoas que atuam nessa área incluem algumas características base: elas devem ser motivadas através dos desafios, questionadoras, têm uma visão sistêmica e pensam em várias hipóteses em busca das melhores soluções para a companhia e querem atingir os maiores resultados.
A criatividade, fundamental para pensar em ideias inovadoras, e a habilidade de fazer uma análise de dados e transformá-los em informações relevantes e valiosas, além da capacidade de tomar decisões, visão ampla do negócio e conhecimento do mercado estão entre as soft skills (aquelas habilidades comportamentais) mais requisitadas para atuar na área e se destacar como um bom growth hacker.
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Como é o mercado de trabalho para os profissionais de growth hacking?
Apesar de muitas empresas ainda não terem equipes formadas de growth, é fato que os profissionais já estão em busca dos conhecimentos na área. Afinal, a criação de novas estratégias de crescimento é exigida mesmo em outras áreas.
Mas além de times específicos dentro das companhias, existem agências que são especialistas nesse tipo de trabalho e oferecem oportunidades com diversos níveis de experiência.
E os profissionais que investem em qualificação se destacam, já que mesmo com um mercado aquecido, os recrutadores estão tendo dificuldades para encontrar profissionais com o perfil e as habilidades desejadas pelas empresas
Segundo o Glassdoor, site de vagas e recrutamento, a média salarial de um profissional de growth hacking está no valor de R$ 4.232,00 por mês. Esse salário pode variar de R$ 2 mil até R$ 11 mil, de acordo com o tempo de experiência e competência na área.
Como se destacar na área de growth hacking?
Para quem deseja ingressar na área de growth, o primeiro passo é entender as premissas, conceitos e objetivos desse método de crescimento rápido. Busque por livros de especialistas na área, como o “Hacking Growth” escrito por Sean Ellis e Morgan Brown, pioneiros da metodologia, para ter uma visão ampla da aplicação com cases e soluções verídicas.
Além disso, uma necessidade para os profissionais desse setor é estar sempre em busca de conhecimento sobre coleta e análise de dados, já que é preciso lidar com um grande volume de informações, independente se você é engenheiro de dados ou designer.
Ter uma noção ampla de como se trabalha com tabelas, planilhas e gráficos ajuda a transformar esses dados em insights para o negócio. Também é importante conhecer os conceitos das novas tecnologias, como automação de marketing, inteligência artificial e Internet das Coisas, além das ferramentas disponíveis.
Mesmo que você não se aprofunde ou domine todos esses assuntos, saber mesmo que o básico sobre eles ajuda a estar sempre um passo à frente da concorrência e dá um bom repertório para qualquer profissional de growth hacking ter um trabalho mais eficiente e se destacar no mercado de atuação.
