Está cada vez mais difícil encontrar vagas que anunciam o salário, não é mesmo? Especialmente para cargos acima de níveis mais juniores, a remuneração não costuma estar explícita nos anúncios. Agora, é mais comum que os recrutadores, durante o processo seletivo, questionem os candidatos sobre isso. Então, o que responder quando perguntam pretensão salarial?
No geral, os profissionais não são preparados para lidar com esse tipo de situação. Afinal de contas, por mais que muitos deles saibam quanto desejam receber, especialmente quando ainda estão em um emprego ou acabaram de sair do último trabalho, há o senso comum de que a “última palavra” é da empresa.
Contudo, muitas coisas mudaram em relação a isso. Hoje em dia, muitas companhias têm um orçamento mais flexível, adaptando o valor do salário de acordo com o profissional em questão. Além disso, elas perguntam sobre pretensão salarial para entender se o candidato conhece o mercado e tem clareza sobre as suas experiências e nível hierárquico.
O que responder quando perguntam pretensão salarial?
Por isso, é fundamental que você se prepare e pense bem sobre as suas expectativas de remuneração ao entrar em processos seletivos. Definir esse valor, ou faixa salarial, não é uma tarefa fácil, e ela envolve muitas inseguranças e medos sobre os próximos passos.
Por exemplo, muitos profissionais podem preferir falar uma pretensão mais baixa do que a real, por medo de perder a oportunidade de emprego. Da mesma maneira, outros não respondem a pergunta e deixam a questão em aberto, participando “sem definição” de todo o processo.
Então, para te ajudar a entender quais são as melhores práticas para esse ponto e aprender a definir a sua faixa salarial, preparamos o tutorial abaixo. Confira todos os pontos e tire todas as suas dúvidas.
1 – Tenha clareza sobre o seu momento profissional
O primeiro passo é entender o seu momento profissional. Ou seja, saber onde você está, onde deseja chegar e quais são os próximos passos para isso, o que será fundamental para definir a sua abordagem salarial.
Por exemplo, se você está procurando uma oportunidade de emprego há alguns meses e está desempregado, vale a pena olhar para a sua parte financeira e entender o que é estratégico. Se você precisa de um emprego o mais rápido possível, pode ser interessante diminuir a sua pretensão para conseguir um trabalho logo.
Porém, se você ainda está em uma situação confortável e quer tentar uma oportunidade que pague mais, você ainda tem espaço para isso.
Da mesma maneira, você precisa olhar para si e ter autoconhecimento para avaliar seu nível de senioridade, grau de instrução acadêmica, tempo de experiência no mercado, habilidades e competências e diferenciais.
Quanto mais altos todos eles forem, mais você poderá esperar de um salário. Afinal de contas, quanto mais experiente e completo profissionalmente, maiores os cargos e, consequentemente, maiores as remunerações.
2 – Conheça a situação do mercado de trabalho
Todavia, é importante entender que nada existe no “vácuo”. Idealmente, qualquer profissional bem formado, experiente e competente teria um ótimo emprego, pagando bem. Porém, o mercado de trabalho não funciona assim.
Cada área, setor e profissão terão situações diferentes, com grandes variações de salários, que também dependem da região em que você está. Além disso, há momentos mais otimistas e mais pessimistas, com mais ou menos vagas, áreas aquecidas ou em crise, e questões ainda maiores, como a economia do país, que impactam o mercado de trabalho.
Por isso, você precisa entender qual é o momento da sua área e da sua profissão antes de definir o salário.
3 – Descubra a média salarial para a sua profissão e nível de senioridade
Para isso, leve também em consideração os valores praticados pelo mercado atualmente. Faça algumas pesquisas, descubra a base salarial da sua profissão, converse com colegas e descubra, assim, qual é a média salarial tanto para a sua profissão quanto para o seu nível de senioridade.
Como já falamos anteriormente, quanto mais sênior, maior o salário. Contudo, as oscilações do mercado tornam os valores mais subjetivos, por isso é fundamental pesquisar e estar atualizado.
4 – Defina uma faixa salarial de acordo com os itens acima
Depois de considerar tudo o que foi falado anteriormente, você já deve ter alguma noção do salário que gostaria de ter, e que é compatível com o seu nível e momento do mercado, não é mesmo? Então, chegou a hora de definir a sua faixa salarial.
Mais interessante do que cravar um número específico, ter um “range” salarial, ou faixa de remuneração, demonstra flexibilidade, agradando as empresas, e te dá a possibilidade de até mesmo ganhar mais do que deseja.
5 – Considere o regime de trabalho e os potenciais benefícios
Contudo, tenha em mente que a sua faixa pode mudar de acordo com cada oportunidade. Vagas com muitos benefícios, por exemplo, podem fazer com que você considere baixar os valores sugeridos. Ao mesmo tempo, oportunidades com benefícios escassos talvez signifiquem que faz sentido pedir um salário mais alto.
Aqui, não se esqueça do seu momento de carreira. Caso esteja empregado, com um bom salário e situação confortável, mas aberto para novas possibilidades, por que não sugerir um salário mais alto do que deseja? Isso te dá margem para negociar e não coloca a sua saúde financeira em risco.
6 – Demonstre flexibilidade na hora de falar a sua pretensão salarial
Por fim, lembre-se que “flexibilidade” é algo fundamental para esse momento nos processos seletivos. Cravar um número específico não é legal, mas além disso, deixar claro que você está aberto a conversar e negociar sobre a sua faixa salarial também passa uma boa impressão para os recrutadores.
Agora que, enfim, você descobriu o que responder quando perguntam pretensão salarial, que tal agir para conseguir aumentar a sua? Com uma especialização no currículo, você terá o argumento perfeito para sugerir remunerações maiores. Afinal de contas, você será um profissional diferenciado. Então, comece agora a sua pós-graduação Anhanguera e dê esse importante passo para a sua carreira.