O que é sustentabilidade emocional? Saiba tudo sobre o tema!

ilustração de emoções para representar texto sobre sustentabilidade emocional

Quando pensamos em sustentabilidade nossa mente vai direto para o meio ambiente. Mas, enquanto seu uso mais comum se refere ao equilíbrio entre a proteção dos recursos naturais e o consumo, existe uma outra expressão relacionada ao tema que tem chamado atenção no mundo corporativo: a sustentabilidade emocional.

Também baseado em equilíbrio, esse conceito propõe uma relação mais saudável com o trabalho e com o ambiente em que está inserido. É uma forma mais ampla de cuidar da saúde mental, evitando burnouts, estresse excessivo, depressão e outras condições que afetam a vida das pessoas. 

Da mesma forma que, quando pensamos no planeta, a ideia é encontrar formas de conviver com o meio ambiente de maneira harmônica, sem agredi-lo ou esgotar seus recursos, essa ideia é trabalhada no âmbito emocional, buscando um equilíbrio entre o que o ambiente profissional exige e o que de fato conseguimos entregar sem nos desgastar física e emocionalmente. 

O que é sustentabilidade emocional?

Como se trata de um tema razoavelmente novo, vamos desbravar em detalhes o que é a sustentabilidade emocional no trabalho e como desenvolver ferramentas para alcançá-la e ter uma relação mais sadia com o ambiente corporativo. 

Esse conceito propõe uma abordagem voltada para o controle das emoções, permitindo que as pessoas desenvolvam ferramentas para ter inteligência emocional, saiba lidar melhor com conflitos e praticar uma comunicação não-violenta. 

Nossos sentimentos, como o medo, o estresse e a raiva, são reações fisiológicas do corpo quando nossa mente entende que está enfrentando algum perigo ou ameaça. Essas reações são desejáveis e necessárias em situações que podem nos colocar em risco como andar por uma rua vazia à noite ou dirigir em alta velocidade. 

O que acontece frequentemente é que transferimos esses sentimentos para questões do nosso dia a dia que, apesar de preocupantes, não são um perigo de verdade, como as atividades profissionais. 

Quando um colaborador está sobrecarregado, é provável que deixe alguma atividade de lado. Isso vai ativar em sua mente o medo de levar uma bronca do chefe, ou ser demitido, ou perder a oportunidade de pedir um aumento. Essas questões, que são reais, começam a se acumular e geram um nível de estresse alto e constante. 

Com isso, a pessoa tende a ser mais reativa, perde o controle das emoções e passa a conviver com esses sentimentos alterados. Esse comportamento vai afetar seu desempenho no trabalho, e até na vida pessoal, aumentando o nível de insatisfação e a capacidade de lidar com as atividades necessárias. 

Com isso, percebemos que um gatilho no trabalho gera uma reação em cadeia capaz de afetar diversos campos da vida de uma pessoa. E o que era apenas um medo, como ser demitido ou criticado pelo chefe, passa a ser uma possibilidade. 

A sustentabilidade emocional, então, tem esse olhar abrangente que vai desde a causa e prevenção, até o tratamento. 

Como ter sustentabilidade emocional? 

Como se trata de uma questão mental e emocional, é importante considerar que a forma de alcançar a sustentabilidade emocional pode ser diferente para cada um. Mas há formas que todos podem buscar para encontrar esse equilíbrio. Confira algumas dicas:

Entenda suas limitações

As redes sociais contribuem muito para um clima de competitividade. Ter uma visão constante do que os outros estão passando gera uma sensação de insatisfação por não alcançar os mesmo resultados. 

E isso pode acontecer na vida pessoal, com as viagens e passeios divertidos no Instagram, mas também na vida profissional, com os textos sobre novos projetos e realizações no LinkedIn. Assim, o que poderia ser uma fonte de inspiração, se torna um obstáculo, impedindo que a pessoa progrida. 

Portanto, ao invés de se basear nas conquistas dos outros, é preciso saber o próprio limite. Se o colega de trabalho fica até as 22 horas no escritório, não significa que você deve fazer o mesmo. 

Procure ajuda profissional

Existem profissionais adequados para tratar questões de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. Caso sinta sintomas de burnout ou experiencie questões como as comentadas acima de estresses constantes, busque ajuda de um profissional qualificado para dar o atendimento correto. 

Escolha suas batalhas

É preciso acabar de vez com essa ideia de que uma pessoa é capaz de dar conta de tudo. E entender isso vai ajudar a levar uma vida mais leve. Não há como controlar tudo ao nosso redor, e algumas coisas podem sim dar errado, seja na vida pessoal ou no trabalho. 

Ser mais tolerante consigo mesmo vai ajudar, inclusive, a impor limites, saber dizer não e comunicar de forma eficiente sobre as dificuldades enfrentadas para realizar determinado projeto. 

O papel das empresas na sustentabilidade emocional

As empresas também têm buscado formas de apoiar seus colaboradores no que diz respeito à saúde mental. Além de diminuir o burnout e o turnover, também garante que eles trabalhem melhor, se comuniquem de forma eficaz e se sintam mais à vontade para encontrarem soluções criativas e serem inovadores. 

Apostar em seu desenvolvimento profissional é uma forma eficaz de mostrar que confia em seu potencial e diminuir as incertezas e inseguranças dos profissionais. Estimule-os a seguir se especializando e se desenvolvendo profissionalmente, com a realização de uma pós-graduação, por exemplo. 

Com isso, as pessoas poderão focar no seu crescimento de forma sadia e com propósito, contribuindo também para sua sustentabilidade emocional. 

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