Psicopatologia: Transtorno de Ansiedade Generalizada

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No relatório divulgado pela OMS no ano de 2017 o Brasil foi considerado o país mais ansioso do mundo, com cerca de 9,3% da população com a presença de algum transtorno de ansiedade. A ansiedade em níveis médios é uma ferramenta que impulsiona o indivíduo. Por exemplo, uma pessoa com níveis médios de ansiedade tem a preocupação no conteúdo da aula que será ministrada para os alunos e, devido a isso, o professor se prepara antecipadamente para não correr o risco de a aula ser um fracasso. Isso é um funcionamento saudável que traz benefícios para o professor e para os alunos.

Quando este nível se torna patológico, a ansiedade deixa de ser uma mola que impulsiona e passa a ser um problema que traz prejuízos e sofrimento. Usando o mesmo exemplo, um professor com nível de ansiedade elevada pode travar e mesmo sabendo a necessidade de preparar a aula antecipadamente, o professor não consegue e é tomado por pensamentos de que os alunos vão perceber que a aula não foi preparada com antecedência, que os alunos vão odiar a aula e que ele será demitido e nunca mais dará aula.

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Ao invés de impulsionar, o nível extremo de ansiedade paralisa o sujeito que pode buscar alternativas como fuga. O professor então, entra em contato com a escola e diz que está doente e não pode dar a aula. Pode-se perceber aqui o quanto os níveis extremos podem ser prejudiciais e causar sofrimento nas pessoas.

Buscar formas de tratamento para ansiedade é uma função do profissional. Terapias medicamentosas combinadas com psicoterapias têm funcionado para pacientes ansiosos. Uma abordagem da psicologia com sucesso no tratamento de transtornos ansiosos é a terapia cognitiva comportamental (TCC).

Na TCC o paciente é orientado a identificar estes pensamentos ansiosos e buscar pensar sobre o pensamento, buscando alternativas mais saudáveis. Vamos tomar como exemplo o caso do professor. Na TCC, este professor é ensinado a identificar seus pensamentos como pensamentos distorcidos. Após identificar, o paciente é estimulado a buscar outras saídas, ou seja, a resolver os pensamentos automáticos com base em evidências da realidade.

Neste caso, o professor não faltaria a aula, ele pensaria sobre seus pensamentos e conseguiria se manter apoiado nos dados da realidade. Ao invés de não ir ministrar a aula, o professor poderia se preparar melhor para apresentação e lembrar que ele está ali porque possui o conhecimento necessário para passar o conteúdo para os alunos. A TCC tem diversos estudos que indicam ser uma abordagem muito útil para tratamento de diversas psicopatologias.

Autor: André Pereira Gonçalves

Revisão: Rogério Adriano Bosso

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